Projeto investiga integração lavoura-pecuária como alternativa para conservação do solo

Projeto investiga integração lavoura-pecuária como alternativa para conservação do solo

Um dos cinco projetos aprovados pela Unicentro no Edital Público lançado pela Fundação Araucária, por meio do Programa Rede Paranaense de Apoio à Agropesquisa e Formação Aplicada, é coordenado pelo professor Sebastião Brasil Campos Lustosa e tem como título “Indicadores da qualidade de solo em sistemas integrados de agropecuária nos campos gerais do Paraná”. O objetivo do projeto, vinculado ao Departamento de Agronomia, é trabalhar com sistemas de manejo integrados, com a inserção de animais nas áreas de rotação de culturas, buscando a conservação do solo.

“O meu projeto trata da implantação de sistemas integrados de produção animal na parte de conservação de solo, a entrada do animal junto com o sistema de rotação de culturas e todo o impacto que tem no solo – desde a perda de água do solo, a microbiologia, a compactação e a questão de fertilidade”, explica Sebastião.

A área utilizada para o desenvolvimento da pesquisa está localizada no próprio Campus Cedeteg. Com a integração lavoura-pecuária, as ações de pesquisa vão desde as análises químicas e biológicas até a inserção do gado nas delimitações para compreender qual a melhor forma de utilizar a técnica de pisoteamento animal. As atividades, que serão desenvolvidas durante quatro anos, já iniciaram com a implantação das parcelas, ou seja, as áreas do solo que vão servir para as avaliações.

Ações de pesquisa vão desde as análises químicas e biológicas até a inserção do gado, buscando compreender qual a melhor forma de utilizar a técnica de pisoteamento animal

Depois dos primeiros plantios é que vai ter início o processo de rotação de culturas com a integração da pecuária nos espaços. “Vai ser feito o plantio de batata, uma cultura que vai desagregar o solo. Depois, nós vamos entrar com as pastagens para ver como vai ser a evolução no prazo de quatro anos na questão dessas características do solo – se vai melhorar ou vai piorar, se o animal pode causar algum tipo de comprometimento dessas variáveis que nós estamos estudando”, detalha.

O projeto recebeu como verba de custeio R$ 50 mil que serão utilizados para a compra de materiais e para o pagamento de um bolsista de Iniciação Científica a cada ano da pesquisa. Para o coordenador, a aprovação do projeto representa a retomada de algumas práticas agrícolas que, muitas vezes, são deixadas de lado pelo agricultor, mas que são de extrema importância quando o assunto é manter o solo conservado e produtivo.

“A conservação do solo foi deixada de lado pelo produtor. Ele acha que aquilo não é importante e nós estamos sofrendo os reflexos desse pensamento: a perda de solo, a questão da poluição da água, dos cursos da água. Fatores que, aparentemente, passam despercebidos mas que têm como raiz a questão da conservação do solo”, defende Sebastião.

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