Memórias do rádio de Guarapuava são recontadas por projeto de extensão da Unicentro
Já são 70 anos do rádio em Guarapuava. E para resgatar essa história, do meio e das emissoras locais, o Departamento de Comunicação Social da Unicentro está desenvolvendo o projeto de extensão “Memórias do rádio guarapuavano”. Em sua fase inicial, os integrantes do projeto realizaram entrevistas com oito comunicadores do rádio de Guarapuava.
Um dos radialistas retratado pelo Memórias… é Francisco Carboni. “É um momento emocionante contar um pouco daquilo que você viveu. Um momento de fundamental importância daquilo que a gente viveu e passou no meio jornalístico, acompanhando – principalmente – as questões políticas, indo para a rua, entrevistando as pessoas para que eles contassem a sua história”, afirma.
As entrevistas foram todas gravadas em vídeo e, além disso, também foi feita uma seleção de fotos históricas e criado um blog, que reúne todos esses materiais. A entrega dos produtos à comunidade foi marcada por um bate-papo com os próprios radialistas, como ma comunicadora Marli Rosa. Com 18 anos de rádio FM, ela acredita que sua função é a de companheira do ouvinte. “O papel é entretenimento. Então, quando eu abro o microfone, eu quero entreter, eu quero ser companheira daquela pessoa que está viajando – o caminhoneiro, por exemplo. Eu até digo: ‘olha, caminhoneiro, agora, eu ultrapasso o aparelho de som e vou aí junto com você na cabine. Vamos viajar!”.
Para o jornalista Mario Luiz, que também foi retratado nas entrevistas, o principal papel do projeto é compartilhar as vivências de cada um – como entrevistas marcantes e erros cometidos no ar. “Cada um tem uma experiência. Cada um tem uma passagem – seja ela triste ou engraçada. E não só de quem está na frente do microfone, mas também de quem está do outro lado”, afirma.
As professoras Layse Nascimento e Éverly Pegoraro, juntamente da agente universitária Mônica Nunes, são as responsáveis pelo projeto. Segundo Rafael Riol, que esteve presente no evento de lançamento, essas história são conhecimento para a atual geração, que desconhece características do veículo em outras épocas. “Saber mais sobre os bastidores, curiosidades e também sobre os sonhos e as perspectivas para o rádio agora, que por exemplo, não existe mais rádio AM”, conjectura.