Criatividade e empreendedorismo em destaque na Feira de Ideias Inovadoras
Fomentar a apresentação de ideias inovadoras, visando promover a cultura empreendedora e a criatividade. Esse é o principal objetivo da 2. Feira de Ideias Inovadoras, promovida pela Incubadora Tecnológica da Unicentro, a Integ. O evento, como lembra a coordenadora-geral, Cláudia Crisóstimo, foi realizado pela Unicentro em parceria com o Sebrae, com o Laboratório de Ideias da Prefeitura Municipal de Guarapuava, com a Acig (Associação Comercial e Industrial de Guarapuava) e com a UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná).
“A Feira de Ideias foi bastante interessante, principalmente pelo envolvimento das entidades, das instituições. Essa união trouxe um resultado que a gente buscava não apenas com os projetos desse ano, mas com essa motivação, com o conversar, com o falar sobre inovação, tirar ideias, colocar no papel, fazer um protótipo”, comemora a organizadora-geral da Feira, Cláudia Crisóstimo.
Dos 25 projetos inscritos neste ano, 21 foram avaliados. Uma das startups apresentadas foi a “Anatolab”, que é pré-incubada no Hotel Tecnológico da UTFPR e propõe o desenvolvimento de produtos que contribuam para o ensino de cursos da área da saúde, como modelos anatômicos e simuladores do corpo humano. O protótipo trazido para a Feira simula a contração muscular do quadríceps.
“Ele é um modelo anatômico para ser utilizado nas aulas de cinesiologia, anatomia e fisiologia humana. Nosso protótipo é diferente de todos os outros modelos anatômicos que existem no mercado por ser dinâmico. Sendo assim, ele também facilita a aprendizagem dos alunos por permitir uma maior interação”, explica a expositora e aluna da UTFPR, Jéssica Vedana.
Já o Carlos Eduardo Iastkiu apresentou a ideia do aplicativo “EuPrefeito”, que tem como objetivo aproximar a sociedade do poder público municipal. Sobre o funcionamento do app, ele explica que o usuário “escolhe o tipo de solicitação – tapa buraco, caça a dengue, problema com entulho, sinalização quebrada, problema com lâmpadas. Então, você faz essa solicitação e essa solicitação vai automaticamente para a prefeitura. Com isso, a gente acredita que é possível agilizar o atendimento “.
A avaliação dos projetos foi feita por representantes de instituições de ensino e por empresários da cidade, como o Rui Primak. Para ele, o objetivo, a partir de agora, é incentivar que essas ideias continuem sendo desenvolvidas em nossa cidade. “Fico muito feliz. Eu vi muitos projetos bonitos, vi muita gente que tem um futuro muito grande. O nosso grande desafio, agora, é segurar essas pessoas em Guarapuava”, afirma.
Dentre todos os projetos apresentados, o que mais agradou a comissão avaliadora e garantiu o primeiro lugar na Feira foi o da Isabela Palhano, estudante de Engenharia e Alimentos na Unicentro. O proposta é a elaboração de um iogurte funcional, com as propriedades do alecrim do campo, destinado aos diabéticos. “Confesso que não esperava, mas a gente está trabalhando sério com isso, a gente tem uma equipe toda por trás desse trabalho. É um incentivo a mais para aprimorar o nosso projeto, melhorar o iogurte e quem sabe ter uma maior aceitação ainda do público”.
O prefeito Cesar Silvestri Filho, que participou da cerimônia de encerramento da Feira, destacou a importância de eventos como esse para incentivar e valorizar o pensamento inovador. “Estimular os nossos estudantes a, realmente, pensar fora da caixinha. Buscar soluções antes não pensadas, trazer realmente um olhar diferenciado para problemas comuns e cotidianos que a gente tem”, destaca.
Na mesma linha, o reitor da Unicentro, professor Aldo Nelson Bona, também ressalta a necessidade de estimular a produção de trabalhos na área de inovação. “O Brasil ocupa a 12ª ou 13ª, dependendo da avaliação que se faça, posição no ranking mundial em termos de produção de conhecimento, em termos de publicações de artigos indexados na base Scopus. Mas, ocupa a posição de número 70 no que se refere ao ranking de inovação. Então, iniciativas como essa são fundamentais para que a gente vá, também, crescendo nesse processo de fazer com que aquilo que a Universidade faz, aquilo que a academia produz, também parte disso possa se transformar em produto, possa ganhar o mercado”, avalia.