Audiência Pública sobre implantação do curso de Medicina na Unicentro é nessa quinta (31)
A sociedade de Guarapuava e de toda a região centro-sul e centro-oeste do estado está convidada a participar, nessa quinta-feira (31), da Audiência Pública que vai debater a necessidade de implantação do curso de Medicina na cidade e que, também, tratará dos investimentos necessários para isso. O debate foi proposto e organizado pela Câmara Municipal de Vereadores de Guarapuava ainda no mês de abril, quando a Unicentro, a partir de um convite do Legislativo, participou de uma sessão cujo objetivo era esclarecer, seguindo proposta da vereadora Maria José Mandu Ribeiro Ribas, como estaria o processo para a implantação do curso na Universidade.
Maria José ressalta que todos os dias, em sua atuação como vereadora no contato com a comunidade, percebe que a oferta de um curso de Medicina por uma universidade pública na região já não é mais apenas um anseio da população, e sim uma exigência. “Nós temos um vazio de formação de profissionais médicos, e ele não será resolvido apenas com a implantação de um curso numa instituição de ensino superior privada. Acreditamos que a Audiência Pública é o primeiro ato de um movimento político que se iniciará em favor do curso de Medicina na Unicentro. Mas, para isso, precisamos unir nossas forças. E a presença massiva da população da região na Audiência vai ser um indicativo para o governo de que faremos pressão”, defende Maria José.
O presidente da Câmara de Guarapuava, vereador João Napoleão, também destaca que a Audiência Pública deve concretizar-se como um movimento político em prol de uma causa social: o melhor atendimento médico para a população da região. “Para isso”, conta, “convidamos e contamos com a participação, em especial, dos prefeitos e vice-prefeitos, dos vereadores, dos secretários municipais de saúde e dos membros dos conselhos municipais de saúde”.
O vereador da Comissão de Saúde da Câmara de Guarapuava, vereador Pedro Moraes, reforça que “a Unicentro é um orgulho da cidade de Guarapuava e de toda a região e que já demonstrou estar preparada para a oferta do curso de Medicina. Esse é o momento da força política entrar em ação para que, unidos, consigamos o apoio do governo do estado na efetivação desse nosso sonho”.
O vice-reitor da Unicentro, professor Osmar Ambrósio de Souza, lembra que o processo para a abertura do curso já cumpriu todas as etapas internas e que, atualmente, está na Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), aguardando sinalização positiva por parte do governador Beto Richa para que ele passe a tramitar internamente dentro das instância de Governo.
“Desde a nossa participação na sessão de abril, e isso ocorrerá novamente na Audiência Pública dessa quinta, estamos buscando deixar muito claro que, para a implantação e funcionamento do curso de Medicina, o Ato de Autorização deve vir acompanhado de outras autorizações, como a necessária liberação para a contratação de pessoal e de aporte de recursos de custeio no orçamento geral da Universidade, destinados especificamente ao curso de Medicina. Sem isso, a Unicentro, com a sua realidade atual, não tem condições de dar início ao funcionamento do curso. Reiteramos, portanto, que é preciso que a autorização para o curso trate também dessa necessidade adicional relativa a todo e qualquer recurso necessário ao funcionamento da oferta em Medicina”, detalha.
Apesar das ressalvas, Osmar disse não ter dúvidas de que a região carece da formação de médicos e que o curso público alavancaria o sistema de saúde, que é deficitário. “A manifestação popular é fundamental nesse sentido. Por isso, contamos com a participação da nossa sociedade. As grande conquistas, certamente, são resultado de pressão popular”, defende.
pq estes INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS já não são investidos nos cursos existentes???? NÃO TEM PAPEL HIGIÊNICO NOS BANHEIROS, MATERIAIS PARA AULA PRÁTICA, GIZ NAS SALAS, VENTILADOR FUNCIONANDO, TIDE DOS COLABORADORES (45% DO SALÁRIO FOI SIMPLESMENTE CORTADO)… Valorizem o que tem primeiro, abram concursos para os cursos existentes e depois pensem em tentar crescer horizontalmente
É preciso distinguir recursos de investimentos e recursos de custeio. Algumas reclamações são parcialmente procedentes, porém referem-se à recursos de custeio e não de investimentos. A Universidade não pode usar recursos de uma natureza para suprir as necessidade de outra. Ademais, a Unicentro, desde o início, quando convidada a apresentar a situação do curso de Medicina na Câmara, em abril, tem reiteradamente afirmado que não tem condições de implantar o curso na sua atual realidade financeira, e enfatizado que a implantação do curso está condicionada ao repasse de recursos destinados exclusivamente à estruturação do curso e a um aporte específico nas verbas de custeio para a essa graduação.