Unicentro tem laboratório específico para realização de testes para anemia infecciosa equina

Unicentro tem laboratório específico para realização de testes para anemia infecciosa equina

Quem olha o animal, nem percebe… Mesmo aparentemente saudável, ele pode estar doente. Isso porque uma das doenças que mais mata cavalos, asnos e burros é silenciosa. A anemia infecciosa equina é uma doença grave, transmissível e que mata o cavalo lentamente. E o pior: ainda não há tratamento e nem cura.
“É uma doença que, como o próprio nome sugere, causa anemia, febre, e alguns outros sintomas como abatimento. Só que, em geral, o animal acaba se recuperando dessa fase clínica e se mantendo como um reservatório na natureza. É uma doença crônica e o criador precisa ter bastante cuidado”, alerta a professora do Departamento de Medicina Veterinária da Unicentro e diretora do Laboratório de Anemia Infecciosa Equina, Karen Regina Lemos.
É justamente por matar o animal pouco a pouco, que a doença preocupa tantos os criadores. Afinal, um cavalo doente pode contaminar todos os outros. Isso porque a anemia infecciosa equina, segundo a professora Karen, é transmitida pelo sangue, mas também pela saliva de animais portadores do vírus ou por objetos infectados. “Pelo sangue, através de picada de insetos hematófagos que sugam o sangue de um animal e passam para o outro. Então, onde tem um aglomerado de animais, isso é um risco”, detalha.

Exames seguem critérios estabelecidos e têm qualidade reconhecida (Foto: Luiz Felipe Panozzo)

Como a doença só é descoberta através da realização de um exame de sangue, a professora Karen afirma que o ideal é fazer o teste com frequência. “A amostra de sangue deve ser coletada por um veterinário. Além disso, no ato da coleta, é preenchido o que nós chamamos de resenha, onde o médico veterinário desenha e anota todos os dados da propriedade e do animal, para que a Defesa Sanitária consiga rastrear esse animal caso ele seja positivo para anemia infecciosa equina”.
O teste é oferecido pelo Campus Cedeteg, através do Departamento de Medicina Veterinária. O Laboratório de Anemia Equina da Unicentro é credenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento desde 2004 e, no ano passado, recebeu uma certificação do Inmetro. “Tem uma ISO, que chama 17025, que trata do Sistema de Gestão de Qualidade e define o que, obrigatoriamente, deve ser implantado nos laboratórios que fazem exames vinculados à saúde animal”, contou Karen.
O Laboratório de Anemia Infecciosa Equina faz, em média, duzentos exames por mês. O atendimento é realizado de segunda a sexta-feira, nos período da manhã e da tarde. O exame custa 23 reais e o valor da taxa de coleta do sangue do animal é de 20 reais. Além de garantir a sanidade dos animais, o exame é exigido, por exemplo, na solicitação da Guia de Transporte Animal. A GTA é o documento que permite o transporte de cavalos, asnos e burros e também libera a participação em exposições, rodeios e leilões. O telefone do Laboratório de Anemia Infecciosa Equina é o (42) 3629-8255.

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