Residência Multiprofissional em Saúde da Família da Unicentro presente em duas UBSs de Guarapuava
Oferecer serviços de qualidade para Guarapuava e região é um dos principais objetivos da Unicentro. É por isso que a nossa Universidade está sempre em busca de crescer e de se aproximar cada vez mais da comunidade, conhecendo as necessidades da população. Um dos grandes avanços nesse sentido foi a concretização do Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Primária com ênfase em Saúde da Família, ofertada pela Unicentro em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde. “É um programa, com duração de dois anos, que visa o aprimoramento, a qualificação de recém-formados, que alia a teoria com a prática”, explicou a coordenadora do programa, professora Angélica Rocha Melhem.
O atendimento integrado e multiprofissional é realizado em duas Unidades Básicas de Saúde de Guarapuava – as UBSs do Xarquinho e do Residencial 2000. As equipes que realizam o atendimento contam com uma enfermeira, uma educadora física, uma nutricionista e uma fisioterapeuta. “O trabalho que a gente desenvolve é sempre voltado para a população em geral, nós trabalhamos com as famílias, tirando o foco do tratamento individualizado. A gente tenta sempre busca um cuidado maior, um cuidado ampliado para essas famílias que estão abrangidas no nosso bairro”, contou a residente Talita Czester.
Os pacientes atendidos pelas residentes são encaminhados pela equipe de profissionais e agentes comunitários de cada UBS. Por ser multiprofissional, o acompanhamento abrange orientações sobre alimentação, medicação e atividades físicas. “O trabalho que é desenvolvido aqui pelas residentes é muito importante, porque essa equipe vem só somar a nossa. Nós atendemos e no momento que nós fazemos o atendimento, a consulta de enfermagem, a gente já sente a necessidade do paciente e já vai passar para a equipe, para que elas estejam também fazendo uma consulta e atendendo esse paciente”, destacou a enfermeira Rita Serpa Maciel.
Para os pacientes de risco, o atendimento é feito em casa, como é o caso da dona Maria Nogueira, que recebe todo o acompanhamento necessário para melhorar sua qualidade de vida. “Têm os exercícios que elas vêm fazer, ensinar as comidas que eu tenho que comer, o regime para eu fazer, tudo”. Os resultados dessa atenção já começaram a aparecer. “De um ponto em diante foi melhorando bastante. Eu tinha dia que não podia quase nem caminhar. Agora já ando por aí. Ando aqui por dentro, vou lá pra fora. Melhorou muito” lembrou dona Maria.
Para que resultados positivos como os da dona Maria sejam sempre crescentes, todo o trabalho realizado pelas residentes conta com a supervisão e o apoio dos professores da Universidade. “A gente sai do meio acadêmico, mas continua tendo o suporte dos docentes da Unicentro e dos profissionais que já estão inseridos no serviço. Como é uma prática que ainda não era realizada, então os que já estão em serviço acabam agregando mais porque nos apresentam como tem sido o andamento no serviço e como a gente pode contribuir para melhorar o atendimento ao usuário”, disse a residente Evellin Braz.
“A importância disso é você não separar a universidade da comunidade. Então, nós conseguimos fazer essa articulação ensino, serviço e comunidade. Existe esse link de acesso entre a Universidade, os residentes e a Unidade de Saúde para que nós possamos crescer juntos e ter uma formação de recursos humanos mais efetiva para o SUS”, acrescentou a professora Tatiane Baratieri, tutora de área.
Para a coordenadora do Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Primária com ênfase em Saúde da Família, a expectativa é dar continuidade ao processo de formação e ampliar os trabalhos que vêm sendo realizados. “Temos a expectativa de que a partir da ampliação, que dobraria o número de residentes, a gente possa atender mais duas unidades. Com isso, a gente conseguirá ampliar os serviços da residência, ampliar a capacitação dos nossos alunos também que estão se formando, os nossos egressos, e ainda ter a Unicentro como uma Universidade que propicia essa qualificação para os seus alunos e também para os alunos que não são formados aqui”, concluiu Angélica.