Unicentro decide pelo adiamento do início do ano letivo

O Gabinete da Reitoria da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) convocou pró-reitores, diretores de Campus e diretores dos Setores de Conhecimento para uma reunião administrativa na manhã dessa quinta-feira (16). O objetivo era um só: discutir o que fazer diante do cenário de incertezas imposto pelo Governo do Estado do Paraná, que ainda não autorizou a contratação de professores colaboradores (temporários) para o ano letivo de 2017.
A Administração da Universidade vem tentando obter a autorização desde o segundo semestre do ano passado, de modo a garantir começo do ano letivo dentro da normalidade. Sem a referida aprovação, aproximadamente 700 turmas permanecem sem professor, representando aproximadamente 1/3 do total de turmas da instituição. “Na Unicentro”, explicou o vice-reitor, professor Osmar Ambrósio de Souza, “temos um número de docentes concursados que é de 560 e que não mudou ao longo dos últimos meses. Ainda assim, temos um déficit de horas-aula que precisamos suprir ano a ano com docentes colaboradores, profissionais esses que são extremamente importantes para a comunidade acadêmica”.
Em 2017, com a implantação pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE/PR) de um sistema de gestão chamado SIAP, as contratações somente podem ser efetivadas mediante a apresentação de anuência de vagas ou decreto autorizativo do governador. A primeira opção já foi utilizada pela Unicentro para a renovação de contratos de colaboradores que atuaram ainda em 2016. Assim, a Universidade, no momento, tem cerca de 6,4 mil horas de professores colaboradores regularizadas (por conta das renovações), restando 4,4 mil horas ainda em aberto, que necessitam da autorização em questão. “Nós avaliamos a falta de professores curso por curso e chamamos a reunião para que, de modo coletivo, possamos decidir o que fazer”, elucidou o vice-reitor logo na abertura da audiência.
As horas em aberto, que serão distribuídas entre mais de 100 professores colaboradores assim que a contratação for liberada, atingem todos os três campi e as unidades avançadas. Do mesmo modo, todos os Setores e Departamentos Pedagógicos são afetados, em maior ou menor escala, pela falta de docentes. Em alguns casos, como Farmácia, cerca de 50% das turmas ainda estão sem professor.
A partir das manifestações e dos debates desta quinta, decidiu-se por: 1. adiar o início das aulas por tempo indeterminado; 2. voltar a discutir o assunto na próxima sexta-feira (24) em reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe). “Nossa maior preocupação é com o alunado. Acreditamos que o adiamento causará menos transtornos que o início das aulas com uma série de horários e turmas sem professores para ministrar as disciplinas. Estamos buscando garantir a qualidade do Ensino que a Unicentro sempre oferece à comunidade”, ponderou Osmar.

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