Vara de Infância de Guarapuava doa documentos para Cedoc/Unicentro

Documentos doados pelo Juizado da Infância tratam de processos de tutelae curatela

Documentos doados pelo Juizado da Infância tratam de processos de tutelae curatela

Responsável por armazenar, restaurar e catalogar documentos históricos, o Centro de Documentação e Memória da Unicentro (Cedoc) é uma referência para quem deseja entender um pouco mais da história da nossa cidade. O acervo histórico reúne documentos do poder judiciário de Guarapuava, como processos crimes e processos cíveis, além de jornais e revistas, que são datados desde o ano de 1835.
Recentemente, uma doação feita pela juíza Rafaela Zarpelon, da Vara de Infância de Guarapuava, foi agregada ao acervo. A caixa enviada à universidade continha documentos referentes a tutela e curatela, que é a administração de bens do tutelado, referentes ao período de 1871 até 1946.
“A tutela, antigamente, era semelhante a adoção. O tutor pegava esse menor, que estava sem família ou, às vezes, só com um dos pais, pedia ao juiz de órfãos para ser o responsável por esse menor. O juiz fazia, então, um documento exigindo que fosse depositada uma certa quantia para essa criança e, depois, que essa criança atingisse os 21 anos ela era emancipada automaticamente e recebia essa poupança que foi feita pelo tutor. Então, esses documentos são toda essa parte burocrática feita pelo Juizado de Órfãos durante aquele período”, explica a professora Terezinha Saldanha, responsável pelo Centro de Documentação e Memória.

Todos os documentos passaram por processos de limpeza antes de serem juntados ao acervo do Cedoc (Foro: arquivo Coorc)

Todos os documentos passaram por processos de limpeza antes de serem juntados ao acervo do Cedoc (Foro: arquivo Coorc)

Ao chegarem ao Centro de Documentação e Memória, os documentos foram encaminhados para vários processos, até que pudessem ser arquivados com segurança. Num primeiro momento, o material passa pela higienização, para a retirada de sujeiras, da poeira e de grampos metálicos, que danificam a estrutura do papel.
“Essa higienização é necessária porque, como é um documento de 1800, ele está sujo e isso é perigoso. Pode dar um problema respiratório para o pesquisador, por exemplo. Então, a gente limpa todo ele primeiro para poder disponibilizar depois”, detalha a professora Terezinha.
Se necessário, os documentos passam, também, por uma restauração feita com papel japonês e cola metilcelulose. Por fim, todos os documentos são lidos e digitalizados antes de serem catalogados e colocados a disposição da população. A professora ressalta, ainda, que o Centro de Documentação e Memória está aberto para toda a comunidade de Guarapuava. “O arquivo histórico é importante para a pesquisa, tanto dos nossos alunos e pesquisadores, quanto das pessoas que queiram saber da história de Guarapuava”.

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