Base Nacional Comum Curricular será tema de debates em Irati e Prudentópolis
O Grupo de Estudos Estado, Política e Gestão da Educação, do curso de Pedagogia do campus Irati da Unicentro, realizará na próxima semana discussões sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNC). O primeiro encontro será na segunda-feira (29), a partir das 19h, no Auditório Denise Stoklos, em Irati. Já no dia 3 de março (quinta-feira), Prudentópolis recebe a discussão, também às 19h.
A Base será uma ferramenta que vai ajudar a orientar a construção do currículo das mais de 190 mil escolas, públicas e privadas, de Educação Básica do país. A professora Michelle Fernandes Lima coordena o grupo juntamente com a professora Marisa Schneckenberg. Michelle explica que a BNC está em processo de discussão nacional e aberta para consulta pública até o próximo dia 15 de março.
“É um documento que vai nortear os currículos no âmbito dos estados e dos municípios, desde a Educação Infantil até o Ensino Médio. Está organizado em áreas como: Matemática, Ciências Humanas, Ciências da Natureza e Linguagens. A Base vai alterar a organização curricular das escolas assim que for homologada pelo ministro da Educação. O documento obedece o que está na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) que estabelece uma base nacional comum, e outra diversificada que vai atender as especificidades de cada região”, acrescenta.
Segundo a professora, as discussões sobre a Base Nacional Comum tiveram início em 2013, mas ela já estava prevista desde a Constituição Federal de 1988, e da LDB de 1996. Durante as discussões propostas pelo grupo de estudos da Unicentro, será feita uma apresentação inicial do documento, e de como ficou a organização dos conteúdos para a Educação Infantil e para as séries iniciais do Ensino Fundamental.
“Além de fazer essa apresentação geral do que está presente no site do Ministério da Educação, a ideia das discussões é também contextualizar esse movimento que ocorreu pela Base Nacional apontando as críticas já existentes, e a relação desses documentos com agentes públicos e privados. As discussões também estão sendo organizadas por alunos do Mestrado em Educação e de orientação de iniciação científica que fazem parte do nosso grupo de pesquisa”, afirma.
É importante a participação dos acadêmicos dos cursos de licenciatura, e também, de profissionais que já estão nas salas de aula, porque, segundo Michelle, este é um processo que vai alterar a área de atuação de todos. “Esse sistema vai trazer mudanças diretas nos nossos currículos também, em Pedagogia, Letras, História, Matemática, enfim, todos os cursos de licenciatura. Por isso, precisamos localizar essa discussão e ver de que forma os alunos podem ter acesso ao conhecimento. Mas além disso, contextualizar no âmbito crítico. É uma preocupação também da universidade estar discutindo essa questão da Base, então estamos buscando dar uma pequena contribuição para essa discussão”, conclui.