Projeto de pesquisa visa o descarte correto das águas residuais das indústrias

Projeto de pesquisa visa o descarte correto das águas residuais das indústrias

Com os grandes problemas de poluição do planeta diversas práticas estão sendo adotadas para tentar frear esse processo. Uma delas é a base da pesquisa do professor Rafael Marangoni, do Departamento de Química da Unicentro. O projeto tenta encontrar uma solução para uma das principais preocupações das indústrias: o descarte das águas residuais do processo de produção, devido ao enorme impacto ambiental causado por essas águas nos rios e bacias hidrográficas por conter uma grade quantidade de corantes.

A pesquisa, aprovada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e que leva o título de “Síntese e caracterização de hidroxissais lamelares para uso na adsorção de moléculas corantes”, quer encontrar uma solução inovadora para esse problema. “A ideia seria produzir um material e esse ser passível de fazer a remediação desse efluente”, conta o professor.

Mesmo que parte da pesquisa tenha inciado durante a graduação do professor Rafael, foi a partir da aprovação do projeto que essa linha de trabalho começou a ser desenvolvida. “Nós ainda estamos em estado de laboratório. Nós pegamos um corante e utilizamos esse material para fazer uma adsorção, ou seja, essa molécula corante aderir na superfície desse material e retirá-lo do meio aquoso, o meio de reação”.

A duração prevista para o projeto é de três anos e, para concluí-lo, Marangoni conta com a ajuda de mais duas alunas, uma de mestrado e outra de iniciação científica. Apesar do pouco tempo de trabalho, a proposta já vem mostrando resultados. “Nós estamos tendo resultados muito interessantes. É uma classe de material que nós trabalhamos com materiais lamelares. Esse material tem uma área superficial muito grande, o que o permite reter bastante material corante”, conta o professor.

Com o avanço da pesquisa, a intenção a longo prazo, é levar a proposta para ser aplicada na indústria, como conta o professor Rafael. “Dependendo dos resultados da fase de laboratório, nós temos como pretensão não só a publicação de artigos científicos, mas até mesmo a publicação de patente mais para frente”.

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