Inclusão no ensino superior é tema da formação continuada em Irati
Nos dias 6 e 7 de novembro, docentes e acadêmicos participaram do curso de formação continuada “Educação Superior para Todos: desafios e estratégias para inclusão”. O evento ocorreu no Câmpus de Irati da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) e foi promovido pelo Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes (Sehla/I).
Organizadora da atividade, a professora Miriam Adalgisa Bedim Godoy destaca que o objetivo é trazer cada vez mais a temática da educação inclusiva ao ambiente universitário. “Durante muito tempo as pessoas com deficiência foram excluídas do processo educacional, principalmente do ensino superior. Então esse evento vem para a gente fomentar discussões e estratégias de intervenção, de apoio e de suporte”, afirma a docente, que também é vice-diretora do Sehla.
Na quinta-feira, os professores Luiz Renato e Miriam Adalgisa participaram da mesa-redonda (Foto: Coorc)
O curso iniciou na quarta-feira (6) com uma palestra do professor Luiz Renato Martins da Rocha, da Universidade Federal do ABC (UFABC). O pesquisador foi convidado para participar de todas as atividades, incluindo a oficina prática e a mesa-redonda realizadas no segundo dia.
“A gente tem muitos desafios em relação à educação inclusiva, mas as possibilidades são ainda maiores. O público da educação especial faz com que as aulas se tornem muito mais interessantes porque o professor vai pensar em diversificação de ensino. A inclusão dinamiza as aulas”, enfatiza o palestrante.
Na quinta-feira (7), a oficina prática trouxe onze estudos de caso para que os participantes pudessem pensar em estratégias de inclusão. “São casos reais, nos quais analisamos o que fazer diante de cada situação relacionada à inclusão de pessoas com deficiência, com transtornos globais do desenvolvimento ou distúrbio neuromotor”, detalha Miriam.
Já a mesa-redonda destacou a educação bilíngue de surdos no ensino superior. “No próximo ano letivo, vamos ter a primeira oferta do curso de Letras Português Libras. E essa mesa-redonda foi uma forma de engajar e mobilizar o público que já está na universidade, além do público externo”, complementa a professora.
Por Paula Claro
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