Curso de Fonoaudiologia recebe recursos da Justiça Federal
O curso de Fonoaudiologia da Unicentro recebeu da Justiça Federal um repasse de 30 mil reais. O recurso será utilizado para a aquisição de equipamentos que auxiliam na formação dos alunos e no atendimento a comunidade. A verba é de um fundo da Justiça Federal, viabilizado com o pagamento de multas impostas pelo Poder Judiciário.
Em uma reunião realizada em Ponta Grossa, na sede da Justiça Federal, o repasse foi oficializado. O encontro contou com a presença de representantes da Unicentro e do Poder Judiciário. O juiz da 2ª Vara Federal de Ponta Grossa, Antonio César Bochenek, explicou que o processo funciona de modo transparente, por meio de editais públicos. A escolha das entidades beneficiadas, conta, é baseado no alcance social projeto.
“A universidade tem uma importância muito grande porque ela atinge pessoas e está presente na comunidade e nas mais diversas áreas. Então, o repasse para uma instituição pública que está formando novos profissionais, dando a oportunidade deles também aprenderem e está repassando isso às pessoas que precisam dos serviços públicos, isso é uma conjunção muito forte de fatores que nós, da Justiça Federal, por sermos setor público, também procuramos atender”, explica Bochenek.
Quem também estava presente na reunião foi o procurador da República e representante do Ministério Público Federal, Oswaldo Sowek. Ele lembrou que o repasse, além de beneficiar os acadêmicos que vão usufruir dos equipamentos, vai dar mais oportunidades a comunidade da região que é atendida pelo projeto do Teste da Orelhinha. “Não é só ensinar o aluno, é ensinar o aluno e, ao mesmo tempo, atender a comunidade carente através de exames, através de pesquisa como é o caso desse teste da audição que é feito em recém-nascidos”.
O reitor da Unicentro, professor Aldo Nelson Bona, também participou da reunião e comemorou a doação já que esse dinheiro pode ser destinado a aquisição de equipamentos para a Clínica-Escola de Fonoaudiologia e, em especial, para a realização do Teste da Orelhinha. Segundo o reitor, é de fundamental importância o relacionamento entre órgãos públicos, principalmente quando diz respeito ao atendimento da população. “Esta doação é de fundamental importância e deve, sem dúvida nenhuma, ser muito comemorada pelo curso, pela Universidade como um todo porque é algo essencial ao funcionamento e a formação dos estudantes e ao atendimento da população”.
O vice-diretor do campus de Irati, professor Erivelton Fontana deLaat destacou que, por meio de fomentos como esse, projetos de extensão que são de extrema importância tanto para a universidade, como para a comunidade podem continuar acontecendo. “A extensão é primordial para nós mantermos essa relação com a comunidade externa da universidade. Então, eu acho que o projeto colocado no edital, os equipamentos, eles vão dar sequência a um compêndio de ações que a Clínica de Fonoaudiologia executa já há muito mais que dez anos dentro da comunidade da região centro-sul do Paraná”, avalia.
Com os recursos dois novos equipamentos para o Teste da Orelhinha serão comprados. Segundo a coordenadora do projeto, professora Cristiana Magni, o teste acontece desde 2007 e, todo ano, são atendidos entre 2.500 a 3.000 bebes. Além da cidade de Irati o projeto também contempla outros oito municípios.“Nosso atendimento se baseia nos bebês recém-nascidos nos nove municípios da4. Regional de Saúde e é um projeto que tem uma caracterização externa. Todos os testes no país são feitos nas maternidades, porque a lei federal exige que a maternidade ou o hospital em que o bebê nasceu realize o exame. Mas, como as maternidades daqui não tem o equipamento, nem o profissional, nós fizemos os contratos e eles encaminham para cá. Então, nós conseguimos, por meio de um consórcio intermunicipal, que eles tragam as mães com o transporte”. Detalha.
Além da professora Cristiane Magni, a chefe do Departamento de Fonoaudiologia, Ana Paula Dassie Leite, também participou da reunião e falou sobre a importância do repasse de recursos. “Hoje em dia, qualquer verba que venha de fomento externo – seja de projeto dos professores nas agências de fomento ou por meio desses editais que a gente consegue em órgãos públicos – é de extrema importância. Nesse caso, por exemplo, os equipamentos têm custo alto, não só pra aquisição, mas para manutenção e, muitas vezes, com a verba escassa que nós temos na Unicentro, a gente tem dificuldade até para mandar para o conserto esses equipamentos, porque não há verba para conserto. Então, hoje nós precisamos contar essencialmente com esse apoio externo para conseguir fazer a continuidade de muitos projetos”, explica.
O diretor do campus de Irati, professor Afonso Figueiredo Filho, também participou da reunião e comemorou a participação do Departamento de Fonoaudiologia no edital. “Isso ai permite que os alunos tenham um treinamento de melhor qualidade, porque estão trabalhando com equipamento novo e, ao mesmo tempo, estão prestando um serviço voluntário, gratuito para a sociedade”,finaliza.