Professores da Unicentro e do Rio de Janeiro debatem história rural do Brasil
Uma das fortes características do Paraná e do Brasil é sua formação rural, com povoados e faxinais, que rendem diversos estudos nos mais diferentes campos. Na busca de aprofundar ainda mais o tema, o Programa de Pós-Graduação em História (PPGH), do campus de Irati da Unicentro, realizou o evento “Debates e perspectivas da história rural no Brasil”, com professores da própria instituição e também de fora do estado.
Um dos organizadores da ação, professor Ancelmo Schorner conta que o debate, com professores de diferentes vertentes de pesquisas, vem para agregar aos estudos sobre o tema já desenvolvidos na Unicentro. “Essa temática é muito importante dentro do nosso Programa, pois já trabalhamos sobre diversas questões, como acesso a terra, propriedade privada e esse debate vem agregar ainda mais conhecimento teórico e metodológico para nossos estudos”, comenta o professor.
O debate contou com a participação dos professores Marcia Motta, da Universidade Federal Fluminense; Marina Monteiro Machado, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro; e José Adilçon Campigoto, da Unicentro. Para a professora Márcia, trazer aos alunos esse recorte rural do Brasil é muito importante para ampliar o olhar sobre a história do país. “Os alunos costumam ser seduzidos apenas por discussões sobre temas urbanos e deixam de lado a formação camponesa rural, que é de fato nossa origem. Então, para mim, oportunidades como essa são sempre uma forma de resgatar e mostrar para os alunos como também é muito importante estudar o universo rural”, conta.
A professora Beatriz Olinto, também organizadora do debate, compactua com a visão de Márcia e acentua a importância dos alunos conhecerem mais a complexidade rural do país, em especial do Paraná, de modo a enxergar as similaridades e diferenças do estado em relação a outros lugares do país e do mundo. “O Paraná é um microcosmos completo, complexo de relações agrárias. Então, trazer essas pesquisadoras de renome internacional para discutir com nossos pesquisadores mostra o quão ligado no mundo a nossa região está, temos problemas locais, mas que na verdade são reflexos e são integrados com os programas nacionais e internacionais”, explica a professora.
Uma das debatedoras, a professora Marina, aponta que atividades como essa sempre são uma oportunidade para a troca de conhecimento e experiências, o que enriquece a pesquisa de todos os envolvidos. “A possibilidade de estar aqui ou de levar pessoas daqui para o Rio de Janeiro é sempre um momento de troca de experiências. A gente aprende muito quando chega aqui com as experiências de ocupação territorial regionais e espera trazer um pouco da pesquisa que desenvolvemos no Rio de Janeiro”, relata Marina.