Enade e CPC atestam curso de Psicologia da Unicentro como melhor do estado
Com nota 5, a máxima do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), o curso de Psicologia do campus Irati da Unicentro é o melhor do Paraná. O resultado é corroborado também pelo CPC, o Conceito Preliminar de Curso. Ambos são indicadores divulgados pelo Ministério da Educação sobre cursos de graduação de todo o Brasil.
“Para nós, primeiro, é motivo de muito orgulho. Mas, sobretudo, é um reconhecimento do trabalho que temos feito nesses pouco mais de 13 anos do curso. É um curso relativamente novo se compararmos com as outras universidades estaduais do Paraná. Então quando temos um resultado da melhor universidade do estado no curso de Psicologia acredito que é um grande avanço e motivo de muito orgulho pra nós”, destaca a chefe do Departamento de Psicologia, professora Kátia Alexsandra dos Santos.
Segundo Kátia, o corpo docente do curso é bastante plural. O que significa para os acadêmicos uma formação heterogenia, com possibilidades de experimentar diversos campos de atuação e perspectivas teóricas. “Nós temos proporcionado uma formação generalista. A maioria do nosso corpo docente tem doutorado, poucos professores ainda estão em formação. Nós temos, principalmente, uma formação bastante crítica e acredito que essa é uma das características principais do curso de Psicologia, tal como ele é conhecido na nossa universidade e acho que fora dela também”, complementa.
Além das disciplinas ofertadas nas salas de aula, o curso possibilita aos acadêmicos diversos projetos de extensão e proposições de estágio nas diferentes áreas da Psicologia. Kátia explica que a esse processo soma-se a pesquisa. Dentre os vários projetos desenvolvidos pelo curso são alguns exemplos: o Núcleo de Estudos e Defesa dos Direitos da Infância e Juventude (Neddij); o “Friends: construindo habilidades sócioemocionais e promovendo resiliência na infância”; grupo de apoio a pais na fila da adoção e um novo projeto que é o Núcleo Maria da Penha (Numape) que se propõe a atender mulheres vítimas de violência.
“Em todos esses projetos de extensão os nossos alunos participam como estagiários e, eventualmente, fazem pesquisas também, porque os professores acabam vinculando as suas atividades de pesquisa e extensão a esses projetos. Além disso, nós temos grupos de estudo nas mais diversas áreas que se colocam a partir também de outros projetos de extensão, projetos que vinculam áreas específicas da Psicologia com cinema e outras áreas do saber. E é essa formação plural que dá a característica do nosso curso”, ressalta a chefe do Departamento.
A psicóloga Glaucia Miranda é egressa do curso da Unicentro e participou das provas do Enade. Ela frisa que a avaliação é importante na medida em que possui um caráter integrador e em que possibilita analisar por quais caminhos a formação se deu. “Não é só uma prova de múltipla escolha, ela articula teoria e prática, porque é colocada uma situação e você precisa pensar em como atuaria naquele cenário. São várias situações diferentes em contextos diferentes. E a avaliação é importante também porque tem um questionário que vai avaliar a infraestrutura da universidade, os recursos humanos, material didático, ou seja, fatores que influenciam diretamente no curso”, observa.
Enquanto profissional, Gláucia destaca que é possível notar uma mudança de perfil no curso desde o seu início. Hoje ele é muito voltado para as questões sociais, crítico e tem se aberto para o diálogo com outras áreas, oferecendo uma formação ampliada. Para ela, o curso é pioneiro ao promover discussões sobre legislação e políticas públicas. Inclusões importantes já que muitos profissionais vão atuar no setor público e precisam desse embasamento.
“Sempre tem o que melhorar que é o que coloca em movimento também o curso, mas foi uma experiência bastante positiva. Saímos profissionais críticos, bastante comprometidos, voltados para trabalhar em equipes multidisciplinares nas práticas mais emergentes da Psicologia. Conversando com egressos das outras universidades e da nossa mesmo, percebemos essa mudança do perfil do estudante também, e que se não sabemos tudo, quando chegamos em algum serviço temos uma base e sabemos o caminho por onde ir, onde buscar”, avalia Glaucia.
A vice-chefe do Departamento, professora Alayde Digiovanni conta que a prova do Enade foi considerada bastante abrangente em termos de conteúdo pela Associação Brasileira de Ensino de Psicologia. “Tivemos a oportunidade de acessar essa avaliação preliminar, e percebemos que essa prova contemplou de um modo geral todos os conteúdos da Psicologia, com uma questão referente aos mais variados conteúdos da Psicologia. Quando tivemos esse resultado no Enade ficamos de certa maneira satisfeitos, vendo que a prova é relativamente bem feita e que abrangia toda a Psicologia, e que as nossas alunas e alunos puderam responder adequadamente estas questões e atingir a pontuação que atingiram”, conclui Alayde.