Encontro debate a educação sob a perspectiva da Psicologia Escolar e Educacional
O Departamento de Psicologia, do campus Irati da Unicentro, e a Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (Abrapee), realizaram o sexto encontro paranaense da área. O tema do evento “Contribuições da psicologia para uma educação emancipadora”, propôs problematizar a realidade da política educacional brasileira e seus efeitos na educação paranaense a partir da relação entre a Psicologia e a Pedagogia.
A presidente anterior da Abrapee, Silvia Maria Cintra explica que um congresso nacional da entidade é realizado a cada dois anos, e nos demais, são feitas discussões regionais nos estados. “É importante que haja essa distribuição das ações ligadas a psicologia escolar no país. Essa regionalidade também é fundamental porque ajuda a fortalecer nos anos em que não há o congresso nacional, e como eles também acontecem em universidades, chamar a atenção de estudantes de graduação e pós-graduação. E temos também feito parcerias com professores da Rede Municipal e Rede Estadual de Educação dos municípios em que eles acontecem. São pessoas que acabam se interessando também no assunto e que trazem suas contribuições, aprendem e nós aprendemos com elas”, destaca.
Para Silvia, é necessário pensar em ações concretas que possam fazer a diferença dentro do cenário da educação brasileira. “O tema é por uma educação emancipadora e a psicologia escolar pode ajudar muito nisso. A educação nunca foi muito valorizada, mas nesse momento em especial, eu até disse no discurso, é uma causa a luta pela educação. Porque é você acreditar que por meio dela é possível fazer diferença na vida de uma criança, de um adolescente, de uma família, de uma escola. E é nesse sentido que todos os esforços são bem-vindos para nós pensarmos juntos e, a partir das discussões relativas a pesquisas e estudos e relatos de experiências, nós pensarmos em ações concretas para mobilizar e fazer a diferença na educação brasileira”, afirma.
A coordenadora-geral do encontro, professora Alayde Diggiovani, do Departamento de Psicologia, lembra que apesar de ser regional, o evento contou com a participação de palestrantes e ouvintes de várias instituições brasileiras, e também, das universidades de Nebraska, nos Estados Unidos, e de Havana, em Cuba.
“Tivemos um evento que na verdade é regional, mas que teve de fato um caráter internacional. Porque nós montamos mesas com praticamente com todas as universidades estaduais aqui do Paraná, além da universidade federal, universidades de outros estados e duas estrangeiras. Isso dá um caráter diferenciado ao evento, embora a discussão foque o ensino aqui no estado do Paraná”, observa Alayde.
O VI Encontro Paranaense de Psicologia Escolar e Educacional começou no dia 30 de março e seguiu até 01 de abril. Foram conferências, minicursos, apresentações orais e pôsteres que discutiram a educação básica paranaense. A professora Alayde ressalta que foram tratadas temáticas como exclusão, racismo, dificuldade de intervenção escolar e trabalho com a família.
“Discutimos uma educação emancipadora, quais seriam as possibilidades e os desafios dela. De um modo geral, as mesas foram pensadas para contribuir com essa reflexão nas diferentes instâncias, nos diferentes níveis. Foram todas temáticas pensadas para que possam contribuir com a educação tanto da perspectiva do profissional de psicologia que atua na educação escolar, como dos professores, professoras e também estudantes da educação básica”, conclui Alayde.