III Congresso Internacional de Saúde Mental recebeu mais de 500 participantes

III Congresso Internacional de Saúde Mental recebeu mais de 500 participantes

O campus Irati da Unicentro sediou o III Congresso Internacional de Saúde Mental, o VIII Congresso de Psicologia da Região Centro-Sul do Paraná e a II Mostra de Práticas em Atenção Psicossocial, que tiveram como tema “Saúde Mental: acesso, diversidade e território”. Participaram das atividades mais de 500 pessoas de 12 estados brasileiros, sendo que 80% do público é de fora de Irati. A abertura oficial do evento foi realizada no dia 21, no Centro de Eventos Italiano.

Para o vice-reitor da Unicentro, os benefícios do Congresso são para toda a comunidade

Para o vice-reitor da Unicentro, os benefícios do Congresso são para toda a comunidade

Para o vice-reitor da Unicentro, Osmar Ambrósio de Souza, um congresso como este não traz apenas benefícios para a universidade, mas para a sociedade como um todo. “Os eventos são oportunidades de aprimorar os conhecimentos científicos e certamente, com isso, a população que vai ser atendida por estes profissionais estará bem servida, porque eles estão mais sintonizados com as novas tecnologias para atendimento na área da Psicologia”, ressalta o vice-reitor.

O diretor do campus Irati, Afonso Figueiredo Filho destaca o trabalho desenvolvido pelo Departamento de Psicologia. “Organizar um evento esporadicamente é uma coisa, agora mantê-lo em várias ocasiões, demanda um trabalho árduo e exige muita dedicação. Ninguém mantém um evento de cunho internacional se não tiver uma organização e um pessoal bem relacionado. E esse grupo da Psicologia nos enche de alegria porque vemos que podemos ter esperança na nossa universidade brasileira. São professores como estes da Psicologia que engrandecem uma universidade”, complementa o diretor.

Zambenedetii: “Estimulamos a interface entre prática e academia”

Zambenedetii: “Estimulamos a interface entre prática e academia”

O coordenador-geral, professor Gustavo Zambenedetti do Departamento de Psicologia, explica que a ideia foi discutir o que diferencia os municípios de pequeno porte, como Irati e região, em termos de políticas públicas que são implantadas para que a população tenha acesso aos serviços.

Uma constatação que fizemos através de estudos é que muitas políticas públicas são implantadas no Brasil ainda pensando nos municípios de grande porte. Por isso que um dos temas do Congresso foi a questão do acesso e do território, para pensarmos também em municípios que ainda têm características rurais. Aqui na região há cidades com 60% de população rural, ou seja, há um predomínio sobre a população urbana. Há ainda a questão da dispersão urbana, quer dizer, num grande centro urbano temos muita população concentrada num mesmo lugar, e num município pequeno, geralmente, temos uma grande extensão territorial que acaba ocasionando uma desconcentração da população. Então como é que fazemos para ter um serviço que dê acesso para essa população?”, salienta o coordenador.

Segundo o professor, essa discussão foi o que motivou a colocar no próprio nome do evento as questões de acesso e território. Já a diversidade foi pensada em suas múltiplas possibilidades. “Tivemos uma mesa-redonda, por exemplo, que discutiu as questões étnico-raciais e a relação da discriminação e do preconceito, e o impacto que isso tem na saúde mental. A questão da diversidade sexual, e também qual a relação da diversidade ou do preconceito em relação a gênero e sexualidade com a saúde mental. Além da questão das diversas formas de sofrimento psíquico, a relação com as doenças do corpo, dentre outras”, acrescenta.

Público foi formado por acadêmicos, professores e profissionais

Público foi formado por acadêmicos, professores e profissionais

A proposta do Congresso não é ser apenas um evento acadêmico, mas ter um diálogo com os serviços. Zambenedetti conta que metade dos inscritos eram profissionais já formados e que trabalham em unidades básicas ou em centros de saúde, por exemplo. A Mostra de Práticas em Atenção Psicossocial foi um lugar de relatos de experiências, e possibilitou a relação com o que vem sendo feito nos serviços de saúde.

A tentativa é não dicotomizar, e sim pensar como é que refletimos sobre essas práticas, problematizamos. Como é que fazemos pesquisas na universidade que tornem o cotidiano dos serviços como algo a ser pensado, a ser investigado. Desde a avaliação de implementação de políticas, de ações, avaliação e acompanhamento. Estimulamos bastante no Congresso essa interface entre prática e academia”, finaliza o professor.

Cerimônia de abertura foi realizada no Centro de Eventos Italiano

Cerimônia de abertura foi realizada no Centro de Eventos Italiano

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