Simpósio internacional discute encaminhamentos dos estudos eslavos

Simpósio internacional discute encaminhamentos dos estudos eslavos

simpósio estudos eslavos 02

Público lotou o Auditório Denise Stoklos na abertura oficial do evento

O IV Simpósio Internacional de Estudos Eslavos foi realizado entre os dias 07 e 09, no campus Irati da Unicentro. O Simpósio possibilitou a discussão – entre comunidade, professores e estudantes – dos encaminhamentos que estão sendo dados nos estudos da cultura eslava.

Para o diretor do campus Irati, professor Afonso Figueiredo Filho, é importante que a universidade trabalhe no sentido de preservação da memória e cultura desses povos que vieram para a região e ajudaram a construí-la enfrentando muitas dificuldades. A Unicentro tem um papel muito relevante no aspecto de tentar manter esta tradição de mais de um século aqui na nossa região. Este tipo de encontro internacional é muito importante para manter esse elo com o povo que veio da Europa para cá e aqui ajudaram a construir e a desenvolver as nossas cidades, e isso continua até hoje com os descendentes. Todos foram importantes e contribuíram para que tenhamos essa qualidade de vida que temos hoje”, afirma.

A coordenadora-geral do Simpósio, professora Mariléia Gärtner conta que o Simpósio Internacional de Estudos Eslavos deste ano, teve como objetivo primeiro a inter-relação entre universidades diferentes. “Nós reunimos pesquisadores das principais universidades brasileiras que vem pesquisando a área dos estudos eslavos. E mais uma vez trouxemos os nossos parceiros internacionais, especialmente da Universidade de Varsóvia”, complementa.

Mais de 300 participantes se inscreveram para participar das atividades do Simpósio. Marileia destaca a participação de universidades do Norte, Nordeste e Sul do Brasil, além de representantes de universidades do Rio de Janeiro. “São universidades que estão aqui discutindo e participando do evento, e com a diferença que nós conseguimos esse ano também que é o diálogo com os estudos eslavos que ocorrem na Argentina. Tivemos uma universidade de Buenos Aires participando do Simpósio”, observa.

A programação do Simpósio incluiu também a premiação do I Baika – Concurso Nacional de Contos da Cultura Eslava na noite da quarta-feira (08). Segundo Mariléia, o Baika trouxe resultados muito importantes no que diz respeito a entender o letramento e as histórias orais eslavas. A perspectiva é que o segundo Baika seja lançado em 2017. A comissão julgadora também premiou duas escolas pela representatividade dos contos dos alunos inscritos no concurso: Escola Estadual Nicolau Copérnico (Mallet) e Escola Dom Bosco (Irati). Confira os resultados do I Baika:

Contos de Cultura Polonesa

1º lugar – José Genival Bezerra Ferreira (Penedo – Alagoas): “A última Papola”

2º lugar – Francelise Márcia Rompkvoski (Curitiba – Paraná): “Pardal”

3º lugar – Elaine Cristina Latocheski (São Bento do Sul – Santa Catarina): “Jacek e a Águia”

Contos de Cultura Ucraniana:

1º lugar – Chico Guil (Prudentópolis – Paraná): “Xororó da Salaveta”

2º lugar – Vanderlei Kroin (Mallet – Paraná): “Até o Feliz Final”

3º lugar – Júlia Manfron Lopes (Irati – Paraná): ‘Mávka Ucraniana”

Mesa-redonda do I Fórum Nacional de Língua Ucraniana

Mesa-redonda do I Fórum Nacional de Língua Ucraniana

Encerrando a programação do Simpósio, na quinta-feira (09), foi realizado o I Fórum Nacional de Língua Ucraniana, em parceria com a Representação Central Ucraniano-Brasileira. Para Marileia, o Fórum se faz necessário porque a Unicentro vem desenvolvendo, nos últimos três anos, vários cursos de ensino de língua ucraniana, principalmente, em parceria com os convênios internacionais.

Nós estamos com várias salas de aulas de Ensino de Língua Ucraniana, em União da Vitória, Prudentópolis, Irati e temos duas salas em Curitiba também. Como nós estamos trabalhando com ensino de língua ucraniana como projeto de extensão faz-se necessária essa discussão aqui na Unicentro. Como que é esse ensino considerando que nós não temos ainda no país o curso de Letras Ucraniano. Nós temos muitos professores de ucraniano que sentem a dificuldade em ter essa formação específica, não só como curso de extensão, mas também como curso de graduação”, salienta Mariléia.

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