Círculo de Diálogo da Juventude inicia atividades em 2016
O Círculo de Diálogo da Juventude pela Cultura da Paz, projeto extensionista da Unicentro desenvolvido em parceria com o Conselho da Comunidade da Comarca de Irati e com o Núcleo Regional de Educação, deu início, na última semana, às atividades de 2016. A discussão em torno do tema “Educação para a paz: uma ação de cidadania”, foi coordenada pelo promotor Antonio Basso Filho, representante da 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Irati e marcou o lançamento do projeto neste ano.
Durante a cerimônia de abertura, o Serviço Social do Comércio (Sesi), representado pelo gerente do Sesi Irati, Paulo Zen, entregou ao diretor do Campus Irati, Afonso Figueiredo Filho, o Selo ODM conquistado pelo projeto Círculo de Diálogo no ano passado. A certificação é uma iniciativa do Movimento Nós Podemos Paraná, destinada a empresas e instituições públicas e do terceiro setor, que realizam projetos que contribuem para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), e assim, com o desenvolvimento local.
Para o diretor do campus, projetos que trabalham a questão da violência são fundamentais para a comunidade. “Fico feliz em ver que a Unicentro está envolvida em um projeto que tem como foco principal discutir a violência dentro das escolas. A universidade é da comunidade, e estamos abertos para receber a todos e participar de iniciativas como esta”, destaca Afonso.
De acordo com o agente universitário e coordenador do projeto, Nelson Susko, o próximo passo do projeto é definir o cronograma das palestras. Nessa semana, algumas escolas já serão visitadas pelo projeto. “A proposta para 2016 também inclui a elaboração da Feira do Círculo de Diálogo da Juventude em uma escola a ser escolhida. E, a partir do próximo ano, a ideia é ampliar o projeto e trabalhar em outros municípios da região. Esperamos a partir de agora deslanchar com o projeto em todas as escolas junto a essas parcerias e a essas pessoas que colocaram-se à disposição para arregaçar as mangas e trabalhar em prol da cultura da paz”, acrescenta.
Segundo Basso Filho, toda forma de violência é um mal social que aflige o bom funcionamento da sociedade. Isso porque, ela impede que as pessoas exerçam plenamente seus direitos, por exemplo, o direito à dignidade. Sendo assim, passa a ser um problema que precisa ser combatido. O promotor explica que trabalhar a Educação para a Paz é levar ao ambiente escolar a discussão sobre o que se pode fazer a para atingir a paz, que neste caso é a não-violência em qualquer uma de suas formas.
“Neste aspecto, esse projeto é muito relevante justamente porque traz essa discussão da violência e das suas origens e causas para dentro do ambiente escolar. Crianças e adolescentes, muitas vezes, vivem essa violência até na convivência com os pais. Vemos muitos casos de violência doméstica e eles assistem as cenas entre pai e mãe, ou tem algum caso na família, ou sofrem violência por parte de um irmão, ou na própria escola, o bullying. Então, qual seria o principal objetivo? Tentar identificar essas causas da violência na sua origem, e preparar essas pessoas para que saibam lidar com a situação para que esses casos não voltem a se repetir”, ressalta o promotor.