Livro “O Sentido das Estrelas” traz evolução biológica como tema
A professora do Departamento de Engenharia Florestal do campus Irati da Unicentro, Eneida Miskalo lançou recentemente o livro “O Sentido das Estrelas – A história que nos trouxe à Terra”. A obra é baseada em fatos científicos que abordam tanto a origem, como a diversificação da vida na Terra.
“A ideia é bastante antiga, na verdade durante todo meu tempo de estudo como professora senti a necessidade de relatar uma história com bases científicas, mostrando que a ciência não é completa, que ela não responde a todas as perguntas, e também não tem esse dever e pretensão. Mas ela conta a história de como nós chegamos até aqui”, explica Eneida.
A professora conta que enquanto idealizava o livro, recebeu o convite da Editora CRV de Curitiba para publicação. Desde então iniciou-se um processo que envolveu pesquisas em diferentes áreas e que culminou com a obra finalizada depois de dois anos. A principal área de conhecimento de Eneida é a Biologia, mas para escrever “O Sentido das Estrelas”, ela foi além da teoria de evolução biológica de Darwin.
“Desenvolvi a pesquisa através de livros, revistas científicas e publicações estrangeiras que envolvem religião, antropologia e filosofia. Ao longo da obra, também sugiro leituras complementares sobre o tema. É um assunto multidisciplinar, não tem como você falar da vida sem filosofar sobre ela”, observa.
Segundo a professora, o livro não tem a intenção de conduzir o leitor a determinadas sensações e conclusões. “Não é um livro que fale como se deve pensar ou ser. No meu caso, escrevi movida por um sentimento de valorizar a vida mostrando a história dela, e como essa foi difícil, não foi tudo obtido num passe de mágica. Assim, espero que cada leitor tenha a sua interpretação do livro”, acrescenta.
O livro já está disponível para venda no site da Editora CRV e também na Livraria Cultura.
Em Irati, pode ser adquirido na Centenário Sebo e Livraria.
SINOPSE
Na busca por vida em outros planetas procuramos por características semelhantes às encontradas na Terra nos dias atuais – água líquida, amplitude térmica adequada, presença de carbono, atmosfera com oxigênio e ozônio. Em um planeta sem essas características, a maioria da vida que conhecemos, incluindo a nossa, simplesmente não existiria. Por isso, ainda que nos fosse possível retornar à Terra primitiva, no cenário da vida que nos deu origem, não sobreviveríamos ao desembarque. Devemos a nossa existência a uma sucessão de eventos físicos, químicos e biológicos interrelacionados, com consequências ora criativas, ora destrutivas. Teoricamente, portanto, qualquer planeta, para nós totalmente inóspito, pode abrigar alguma forma microscópica de vida, ou vir a fazê-lo em algum tempo no futuro. E, se o acaso permitir, modificar-se a ponto de poder nos abrigar, na hipótese de sobrevivermos imutáveis até lá. Desde a sua formação, a Terra e a vida sobre ela vêm se modificando constantemente, e é justamente essa capacidade de transformação que faz com que a vida persista há pelo menos 3,5 bilhões de anos. Nesse percurso, muitas espécies desapareceram, cedendo lugar para outras que, por sua diferença, conseguiram sobreviver, por um tempo, até hoje e talvez por muito mais tempo ainda. Essa é a história da vida no planeta Terra, de sua incerta direção, e de como, em momentos críticos, ser diferente fez toda diferença.