Curso de Fisioterapia realiza primeira edição do Exame Clínico Objetivo Estruturado

Curso de Fisioterapia realiza primeira edição do Exame Clínico Objetivo Estruturado

Ao término do primeiro semestre letivo, o curso de Fisioterapia da Unicentro realizou pela primeira vez o Exame Clínico Objetivo Estruturado (Objective, Structured, Clinical Examination – OSCE) com os alunos do 4º ano. Essa atividade, amplamente utilizada em instituições de ensino superior, tem como objetivo avaliar o desempenho prático dos estudantes em situações clínicas simuladas, utilizando metodologias ativas que promovem uma aprendizagem mais significativa.

O Exame Clínico Objetivo e Estruturado (OSCE) é uma forma de avaliação que coloca os alunos frente a frente com cenários clínicos realistas, nos quais eles devem demonstrar não apenas seu conhecimento teórico, mas também suas habilidades práticas e comportamentais. “O principal objetivo de implementar o exame foi oferecer uma avaliação prática integrada, englobando todas as disciplinas específicas deste ano. Dessa forma, não é necessário realizar múltiplas provas práticas e aproxima o acadêmico da realidade do atendimento a pacientes”, comentou a professora Ana Carolina Dorigoni Bini.

“Julgamos importante realizar o OSCE com esta série específica pois é um momento de transição e aprimoramento dos conhecimentos. Eles já estão atendendo pacientes, ou seja, já existe um pouco de experiência prática, mas ainda há muitas competências que precisam ser trabalhadas para preparar nossos alunos para os atendimentos no 5º ano. Para os professores, serviu como estratégia de reflexão sobre a intencionalidade pedagógica e didática dos professores para equalizarmos o que mais precisa ser trabalhado para ofertar uma melhor formação aos nossos alunos”, disse a docente Josiane Lopes.

Os professores elaboraram dois casos clínicos, considerando os conteúdos ministrados em todas as disciplinas da série dos alunos avaliados. Os alunos, em duplas, liam o caso e tinham o tempo determinado para contemplar os itens de avaliação faltantes e prescrever orientações ao paciente. “Neste primeiro OSCE direcionamos apenas para avaliação do paciente, não sendo exigido que o aluno realizasse o tratamento. Os pacientes fictícios foram interpretados por alunos que cursavam o 5º ano, justamente por já terem mais experiência com os pacientes e terem vivenciado situações reais”, declarou Josiane.

Para a docente Jociane de Lima Teixeira, casos clínicos realistas e adequados ao nível de conhecimento dos alunos os capacitam nas avaliações. “Os casos clínicos retratam situações que estimulam o raciocínio clínico dos acadêmicos, o que favorece o entendimento da aplicabilidade dos métodos avaliativos e das técnicas aprendidas em sala de aula. Os acadêmicos também precisam gerenciar o tempo e distribuir as tarefas de forma adequada com o colega. A participação dos atores é fundamental para deixar a situação ainda mais real, estimulando a comunicação assertiva dos alunos com os pacientes”, afirmou.

A experiência dos alunos

Muitos acadêmicos expressaram ansiedade e nervosismo, mas também reconheceram a importância dessa avaliação para seu futuro profissional. “Eles estavam apreensivos pois se trata de uma metodologia totalmente diferente das que, geralmente, estão acostumados nas disciplinas, mas no decorrer do primeiro semestre os professores foram explicando e os alunos compreenderam a relevância da metodologia e que tudo estava sendo realizado para melhorar ainda mais a formação deles”, explica a professora Josiane Lopes.

“A minha primeira impressão após o OSCE foi de uma certa vergonha por ter errado na frente das professoras, porque são matérias que eu particularmente gosto e é decepcionante errar itens que eu sei que sei. Mas depois que passou o nervoso, mudei meu pensamento, está na hora de errar, eu não errei com meu paciente, errei com atores que não tinham problemas reais, sob a supervisão das professoras que estão ali para me corrigir, para que eu não cometa os mesmos erros com meus pacientes na vida real”, compartilhou a acadêmica Maria Eduarda Merith Claras.Pedro Luis Dal Posso Horst destacou a importância de se preparar para situações inesperadas. “As diversas situações que foram apresentadas durante o OSCE me ajudaram a pensar em como eu enfrentaria situações reais durante um atendimento”, declarou.

Impactos e perspectivas futuras

Com a realização bem-sucedida desta primeira edição, a expectativa é que o OSCE se torne uma prática regular no curso de Fisioterapia da Unicentro. “A implantação da OSCE no curso de Fisioterapia é essencial para alcançarmos a magnitude da formação acadêmica, porque é possível trabalhar de forma prática o raciocínio clínico, utilizando o modelo biopsicossocial. Estimula o aluno a olhar, não somente para o contexto físico, mas também para os aspectos ambientais e familiares do paciente”, concluiu a professora Sibele de Andrade Melo Knaut.

Por Giovani Ciquelero

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