UEPG – Projeções da perda de solo no estado do Paraná ao longo do século XXI, por meio da simulação da erosividade em cenários de mudanças climáticas

Cirilo de Freitas Netto

Data da defesa: 31/05/2017

Banca:

Dr. Rodrigo Yoiti Tsukahara – Fundação ABC Primeiro Examinador
Dr. Luiz Carlos Godoy – UEPG – Segundo Examinador
Prof. Dr.Jorim Sousa das Virgens Filho – UEPG – Orientador e Presidente da Banca

Resumo:

A perda de solo por erosão hídrica afeta o desenvolvimento regional significativamente, gerando prejuízos extensos no campo e na cidade. Sendo assim o objetivo deste trabalho foi estimar e projetar a erosividade nas mesoregiões do estado do Paraná até o ano de 2100, bem como simular a perda de solo em microbacias hidrográficas com usos distintos. Foram utilizados dados pluviométricos de 28 estações meteorológicas espalhadas pelo estado, o que possibilitou a simulação de precipitações diárias que, por sua vez, foram utilizadas no método pluviométrico de estimativa da erosividade pluvial até 2100, considerando dois cenários futuros condicionados ao aumento da temperatura global. A partir dos valores de erosividade foram estimados dados para perda de solo em duas sub-bacias com usos distintos, uma onde predomina a atividade agrícola e outra, ocupada na maior parte por mata nativa e reflorestamento. Verificou-se a grande variação na estimativa de erosividade da chuva nos diversos locais do estado, tanto no primeiro como no segundo cenário, apresentando respectivamente o mínimo de 6.157,15 MJ mm ha-1 h-1 ano-1 para o município de Telêmaco Borba e valor máximo de 17.522,30 MJ mm ha-1 h-1 ano-1 no município de Francisco Beltrão, ao final do século XXI. Enquanto os valores médios para perda de solo nas sub-bacias onde predominam a agricultura e mata nativa foram, respectivamente, 1,17 t.ha-1.ano-1 e 51,06 t.ha-1.ano-1 para o cenário mais drástico, até 2100. A análise dos dados obtidos permitiu avaliar que a erosividade no estado do Paraná, atingirá um valor crítico na região sudoeste e tende à decrescer do oeste para o leste, sendo na planície costeira, limitada ao leste pelo oceano atlântico, o aumento da erosividade será significativo em consequência das condições climáticas localmente diferenciadas, além de um estudo local apontar a grande variação na perda de solo em microbacias da mesma região devido à complexidade dos fatores causais.

Link: Cirilo de Freitas Netto

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *