UNICENTRO – Pós-tratamento de efluente de reator anaeróbio por microfiltração e ultrafiltração
Ricardo Rodrigues de Souza
Data da defesa: 29/09/2015
Banca:
Dr. Fernando Hermes Passig – UTFPR – Primeiro Examinador
Dra. Jeanette Beber de Souza – UNICENTRO – Segunda Examinadora
Dr. Carlos Magno de Sousa Vidal – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca
Resumo:
Os reatores anaeróbios empregados no tratamento de esgoto sanitário necessitam de pós-tratamento para melhor remoção de matéria orgânica, nutrientes e microrganismos. O presente trabalho objetivou avaliar as tecnologias de microfiltração e ultrafiltração no pós-tratamento de efluente de RALF. As amostras de RALF foram coletadas na ETE Riozinho (Irati-PR) e submetidas à microfiltração e ultrafiltração, em unidade piloto de bancada. Foram realizadas 3 campanhas de ensaios em triplicata, sendo que a última contou com o pré-tratamento das amostras por coagulação/floculação/sedimentação com PAC e Tanino em diferentes dosagens. Em cada ensaio, o sistema de membranas foi operado num total de 120 minutos. Os dados levantados foram submetidos à análise estatística por ANOVA de arranjo fatorial com interação e 2 fatores a 5% de significância. Os resultados atestam que as tecnologias de MF e UF nas condições ótimas obtiveram como melhor eficiência de remoção para DQO, fósforo, turbidez, cor verdadeira, ST, SST e STV os percentuais de 85,2%, 99,3%, 99,8%, 96,9%, 36,9%, 89,6% e 100%, respectivamente. Os valores determinados para os parâmetros microbiológicos estabeleceram a eficiência de 99,89% e 99,87% para E. coli e CT, na devida ordem. As duas tecnologias (MF e UF) demonstraram-se como ótimas alternativas no pós-tratamento de efluente secundário de ETE’s sendo que as melhores eficiências de remoção de poluentes na maioria dos parâmetros estudados foi na UF. O pré-tratamento por coagulação contribuiu para o alcance de melhores eficiências de remoção de fósforo total e turbidez além de proporcionar maiores valores de fluxo do permeado durante a MF e UF. Com os resultados obtidos na permeabilidade hidráulica pode-se dizer que a limpeza química foi eficaz com taxa média de recuperação de fluxo de até 97,9%.
