Novo protocolo de oxigenoterapia garante maior segurança e eficácia no Hospital Regional de Guarapuava

Novo protocolo de oxigenoterapia garante maior segurança e eficácia no Hospital Regional de Guarapuava

Um novo protocolo de oxigenoterapia tem promovido melhorias significativas no atendimento aos pacientes do Hospital Regional de Guarapuava. Desenvolvida por uma acadêmica da Unicentro, a iniciativa buscou otimizar a administração de oxigênio suplementar, garantindo segurança e eficiência no tratamento de hipoxemia.

A oxigenoterapia é uma técnica que consiste na administração de oxigênio suplementar com o objetivo de aumentar a saturação de oxigênio no sangue e corrigir os efeitos da hipoxemia. O procedimento foi desenvolvido como parte do trabalho de conclusão de curso da acadêmica de Fisioterapia, Maria Eduarda Mendes, sendo aplicado diretamente aos pacientes. “Após as pesquisas na literatura para idealização do projeto, o primeiro passo foi a realização do protocolo de implementação e a apresentação do mesmo para a equipe e gestores do hospital. Depois disso, iniciamos as coletas, onde uma vez ao dia, pela manhã, eu participava da visita aos leitos com os fisioterapeutas plantonistas do hospital, para avaliação e definição da saturação alvo de cada paciente”, conta a autora do trabalho.

A professora Christiane Riedi Daniel, orientadora de Maria Eduarda, explica que a motivação foi a necessidade de organizar de forma mais eficiente a abordagem da oxigenoterapia no ambiente hospitalar. “Tenho trabalhado com oxigenoterapia há bastante tempo e é cada vez mais evidente a necessidade de estratégias para garantir que a administração de oxigênio seja segura e eficaz para os pacientes. O trabalho foi motivado pela busca por uma abordagem mais estruturada, com a implementação de um protocolo voltado ao ambiente hospitalar, visando promover qualidade no atendimento e otimizar recursos”, afirmou Christiane

De acordo com Christiane, o trabalho já mostra impactos positivos no hospital. “Esperávamos melhorias significativas em duas áreas principais: segurança do paciente e redução de custos hospitalares. De fato, os resultados mostraram um maior controle sobre a administração de oxigênio, com a realização de ajustes frequentes, a maioria para reduzir fluxos desnecessários. Isso resultou em uma importante redução no consumo de oxigênio e, consequentemente, nos custos relacionados. Além disso, o protocolo promoveu uma padronização que aumentou a segurança no uso do oxigênio, evitando tanto a hipoxemia quanto a hiperoxia, que podem ser prejudiciais ao paciente”, contou a orientadora.

Para Maria Eduarda, a experiência foi enriquecedora para sua formação acadêmica. “A sensação é de satisfação. Com o projeto pude aprender muito sobre a área da oxigenoterapia e conviver com a equipe do hospital. Foi muito enriquecedor para minha formação. Ver que em pouco tempo de projeto foi possível observar tamanha importância do nosso trabalho, faz sentir a sensação de dever cumprido, e fico feliz em saber que há possibilidade da continuação dele nos próximos anos, afirmou a aluna.

A expectativa agora é que o protocolo seja mantido e continuamente aprimorado. Para a fisioterapeuta chefe do Hospital Regional, Bianca Campos, parcerias entre Unicentro e Hospital devem continuar. “A realização deste trabalho por aqui contribuiu muito para ajudar na atualização do nosso protocolo de oxigenoterapia, e sem dúvidas, mais trabalhos virão”, afirmou.

Por José Guilherme de Lima Branco, com supervisão de Giovani Ciquelero

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