Recepção calorosa marca o início da jornada da sexta turma de Medicina na Unicentro

Recepção calorosa marca o início da jornada da sexta turma de Medicina na Unicentro

O Departamento de Medicina da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) celebrou a chegada da sexta turma de estudantes ao curso. Os novos alunos foram acolhidos pelos veteranos e professores em uma série de eventos.

As boas-vindas foram marcadas por discursos inspiradores e oportunidades de aprendizado prático e teórico que a Unicentro oferece aos futuros médicos. Com atividades de integração, informações sobre seleções de projetos de extensão, confraternização com o centro acadêmico e, para finalizar, a cerimônia da entrega do jaleco para os calouros.

 “Nós fizemos uma semana para contemplar todos os acadêmicos. Fizemos um acolhimento, eles tiveram contato com alguns órgãos da Unicentro, foram conhecer as instalações do Cedeteg e tivemos um evento sobre estratégias de aprendizagem no ensino superior. Tivemos também mais uma versão do octógono médico, que é uma disputa entre o segundo e o primeiro ano na área de raciocínio clínico, que é um dos pilares do nosso curso, e os calouros tiveram a oportunidade de assistir, para ver como vão estar daqui um ano, participando de uma disputa de alto nível, discutindo um caso clínico de alta complexidade”, afirmou o vice-chefe do Departamento de Medicina da Unicentro, professor Abrão José Melhem Junior.

Estudantes de todo o país buscam a Unicentro em busca de uma formação qualificada e humanizada. “De São Luís do Maranhão a Santa Catarina, nós temos alunos do Brasil inteiro. Felizmente também temos bastante alunos aqui da nossa região, então muito provavelmente esses futuros médicos integrarão a força médica aqui da nossa região. É o alcance nacional da Unicentro, que agora está em nono lugar entre as universidades estaduais do Brasil”, disse Abrão.

Consolidação ao longo dos anos

A universidade conta agora com turmas em todos os anos do ciclo de formação. “Nós temos alunos do primeiro ao sexto ano cursando Medicina aqui na Unicentro. É um esforço muito grande, nós temos um corpo docente muito comprometido. Isso nos deixa esperançosos que agora essa fase de implantação esteja sendo vencida para irmos para a fase de consolidação e depois para uma fase de ampliação e otimização das estruturas já existentes”, declara o vice-chefe do departamento.

Desde a sua implantação, em pouco tempo o curso já conquistou importantes estruturas físicas, como o Centro de Simulação Clínica de 320m² no Câmpus Cedeteg e o início da construção de um ambulatório escola na Cidade dos Lagos, em Guarapuava. “A consolidação depende de estruturas físicas apropriadas, já é um empenho grande da Unicentro em construir um ambulatório escola na Cidade dos Lagos. Nós temos aqui um grande centro de simulação clínica e que vai ser melhorado quando nós tivermos mais espaço, então essas estruturas são necessárias para essa fase de consolidação e vai culminar com o Hospital Regional vir a ser o nosso hospital universitário”, disse Abrão.

Internato e novas bolsas para preceptores

O internato são os dois últimos anos dos alunos na graduação, onde eles já venceram as disciplinas básicas e as disciplinas clínicas e agora terão de passar por um aprendizado na prática, supervisionado por residentes e por preceptores. Na Unicentro, os acadêmicos de Medicina realizam estas atividades por meio de parcerias firmadas com prefeituras e hospitais da região. 

“A necessidade do hospital universitário vem bem ao encontro do internato. Idealmente, o internato deve ser feito preferencialmente em um hospital universitário, onde todas as especialidades estejam contempladas nessa mesma estrutura, é o sonho que nós estamos perseguindo. Mas enquanto isso, nós temos a parceria com os hospitais da cidade – o Hospital São Vicente, o Hospital Santa Tereza, o Hospital Regional – e com a Prefeitura de Guarapuava e de Irati para receber os nossos alunos”.

Em recente edital, a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti), por meio do Programa de Pesquisa e Inovação Didático-Pedagógica, abriu a oportunidade para que cursos de Medicina sem hospital universitário vinculado, como a Unicentro, contratem bolsistas de orientação (preceptorias) através de projetos institucionais. “Para o nosso curso será muito útil a possibilidade da Seti fornecer bolsas a preceptores que não são professores da Unicentro, vai ser um incentivo para a pessoa que se dispor a acolher os nossos alunos. A gente acredita que isso possa motivar esses professores a até, no futuro, buscar se tornarem docentes da Unicentro. Foi assim que eu comecei, como preceptor voluntário, depois preceptor remunerado, depois professor de teste seletivo e agora professor concursado. Da mesma forma, esses médicos podem vir a se tornar nossos professores”, conta Abrão.

Avaliações e desempenho

Com alto padrão de exigência e avaliações acima da média, o departamento monitora a satisfação, aprendizado e aproveitamento dos alunos ao longo do curso e dos estágios. “O nosso curso faz autoavaliações frequentes. Nós temos uma avaliação recente sobre raciocínio clínico dos nossos estudantes e eles se equipararam aos estudantes da UEL (Universidade Estadual de Londrina), que é uma instituição já consolidada e com uma estrutura acadêmica bem desenvolvida. Na nossa avaliação do teste do progresso, um teste que avalia o conhecimento médico adquirido durante o curso, na comparação com a nossa região, os nossos alunos estão acima da média, então a gente está bastante contente com a evolução do curso até aqui”, comenta Abrão.

Para Abrão José Melhem Junior, evolução que deve se concretizar no reconhecimento do curso e graduação de nível através da Seti. “Nós vamos passar por uma avaliação que vem da Seti, que é o órgão competente para avaliar os cursos de Medicina da rede estadual. Nós estamos muito tranquilos quanto a isso, temos cumprido todas as formalidades e exigências. É importante porque vai nos dar uma avaliação de reconhecimento do curso e vai nos dar uma graduação de nível para nós sabermos em que nível estamos e que melhorias devemos fazer para atingir níveis cada vez maiores”.

Por Giovani Ciquelero

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