Professor da Unicentro participa de Missão Técnico-Científica na China
O mês de março ficará marcado na trajetória profissional do docente Pierre Costa, do Departamento de Geografia e do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro). Isso porque, recentemente, ele retornou de uma experiência na “Missão Técnico-Científica Brasil – China: Nova Economia do Projetamento na China – análises brasileiras”, em quatro metrópoles chinesas: Shanghai, Shenzhen, Guangzhou e Beijing.
Durante a estadia de três semanas, o professor e geógrafo pode conhecer a dinâmica urbano-industrial dessas cidades, interpretando como se desenvolvem as condições gerais de produção nesse país continental e tendo contato com sua história e cultura milenares. “Significou um choque positivo de diferentes perspectivas e experiências, a partir de trabalhos de campo, visitas técnicas às instituições e a uma fábrica e reuniões com dois pesquisadores brasileiros residentes na China. Foi uma experiência acadêmica, profissional e cultural ímpar”, conta Pierre.
Ocorreram atividades técnicas-científicas nos seguintes locais: Escola de Negócios de Shanghai; Shenzen TPH Technology CO. (bombas de amamentação); Incubadora de empresas do Distrito de Jiading (Shanghai); Ciff Guangzhou 2024 (feira da indústria moveleira mundial); Academia Chinesa de Ciências Sociais – Instituto de Desenvolvimento Rural e Centro de Estudos Brasileiros; e Faculdade de Ciências Geográficas – Universidade Normal de Beijing.
O grupo também teve reuniões com o geógrafo Elias Jabbour, que atualmente é consultor da presidência do New Development Bank (Banco dos Brics) e também com Melissa Caroline Cambuhy, que está cursando doutorado sanduíche no Centro de Estudos Brasileiros da Academia Chinesa de Ciências Sociais.
Segundo Pierre, durante a viagem ele pode aprimorar ideias que aprendeu com seus professores ao longo da sua trajetória na ciência geográfica, como: “Geografia é grafar o território” (Carlos W. P. Gonçalves); “processo de aquisição do conhecimento” (Maurício de A. Abreu); e “economia de escala” (Claudio A. G. Egler). “Pude ter contato com essa nova formação econômica-social-espacial, que desde 1978 vem se desenvolvendo na China. E, que, diferentemente da Rússia, conseguiu escapar da terapia de choque – adesão ao neoliberalismo – defendida pelo Consenso de Washington para os países periféricos e semiperiféricos, a partir dos anos 1980”, detalha.
“A partir da realização da missão, há a possibilidade da concretização de parcerias acadêmicas, científicas e de publicação entre as instituições brasileiras e chinesas”, projeta Pierre Costa, agradecendo ao Departamento de Geografia, Programa de Pós-Graduação em Geografia, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação e Reitoria da Unicentro pelo apoio para que a viagem acontecesse.