Alunos do projeto Jovens pelo Clima participam de reunião internacional sobre expectativas para a COP 30

Alunos do projeto Jovens pelo Clima participam de reunião internacional sobre expectativas para a COP 30

Os estudantes das escolas públicas de Guarapuava que fazem parte do projeto Pacto Global de Jovens pelo Clima estiveram em uma reunião virtual durante a tarde desta segunda-feira (11), com representantes do projeto presentes em diferentes países.

Durante a conversa, os alunos discutiram suas propostas a fim de elaborar um documento com possíveis sugestões de importantes temas que o grupo levará para a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), evento que será realizado em 2025, na cidade de Belém, no Pará.

Além dos representantes brasileiros, também participaram da reunião jovens do México, Argentina, Panamá, Chile, Bolívia, Peru, França e África do Sul. A conversa foi mediada pelo idealizador do projeto, professor Alfredo Pena Vega, pesquisador da Escola de Estudos Avançados em Ciências Sociais da França.

Representando o grupo de Guarapuava, a estudante do Colégio Estadual Carneiro Martins, Julia Marin dos Santos, expôs o que os participantes pensaram para a COP 30. “Nós ficamos muito contentes em sediar esse evento, mas não deixaremos de cobrar dos nossos governantes o que precisa ser feito dentro do Brasil”, ressalta. “Esse ano o governo brasileiro demonstrou certo interesse em transformar a matriz energética do Brasil em fontes renováveis. Estamos muito felizes, mas vamos cobrar como isso será feito”, complementa.

 

Pacto Global de Jovens pelo Clima

O projeto Pacto Global de Jovens pelo Clima teve origem em 2014, como um projeto internacional que envolve 31 países. No Brasil, o projeto começou no Paraná, com foco no protagonismo jovem, trabalhando com estudantes com idade entre 10 e 18 anos.

Segundo Adriana Kataoka, professora do departamento de Ciências Biológicas da Unicentro e uma das coordenadoras do projeto, “o professor Alfredo Pena-Vega teve essa ideia porque se intrigava com o fato de que nessas reuniões da COP só participavam governantes e empresários”.

Um aspecto inovador do projeto é justamente o diálogo horizontal entre estudantes e cientistas. Ao dialogar, questionar e argumentar, esses jovens se apropriam do conhecimento científico, e é a partir daí que eles propõem ações concretas dentro de seus contextos.

Para Adriana, “o papel da universidade é fundamental nessa ação, porque é aqui que se produz ciência. E também é importante porque assim saímos dos muros da universidade e vamos até a comunidade para trabalharmos uma proposta educativa e até de pesquisa para tentarmos solucionar os problemas das questões climáticas”, pontua.

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