Feira Agroecológica da Unicentro comemora 14 anos
A Feira Agroecológica da Unicentro celebrou seu 14º aniversário. A comemoração foi marcada por muita interação, reunindo agricultores, agentes universitários, professores e estudantes, em um evento que contou com muita música, um grande bolo e homenagens, além dos já tradicionais expositores e seus produtos.
Realizada semanalmente nos câmpus Cedeteg, Santa Cruz, Irati e na Universidade Tecnológica Federal, ao longo dos anos, a feirinha tem se consolidado como um espaço de comércio de produtos frescos, troca de experiências e fortalecimento dos laços comunitários. “A essência da extensão universitária é levar a universidade até a sociedade, até a comunidade, e trazer essa comunidade aqui para dentro da universidade. A Feira Agroecológica tem uma característica muito ímpar nesse sentido, porque tantas pessoas vêm para universidade. Além disso, nós podemos conhecer a realidade dos feirantes”, afirmou o vice-reitor da Unicentro, professor Ademir Fanfa Ribas.
Segundo o coordenador do projeto, professor Jorge Fávaro, a feira veio suprir uma demanda que era tanto dos produtores quanto dos consumidores. Para ele, o sucesso da atividade reside no processo de construção coletiva ao longo dos anos. “A feira teve uma particularidade, talvez seja o seu sucesso, que houve uma demanda externa, de agricultores familiares, de feirantes, de organizações populares e, a partir de então, ela surgiu aqui no Cedeteg, depois ela expandiu. Quando você fala em extensão, extensão é a relação de troca, de construção coletiva, e cada contato que tenha, a gente nunca sai o mesmo. Sempre há uma proliferação de ideias de sugestões, de críticas”, declarou.
A vice-diretora do Câmpus Cedeteg, professora Aline Marques Genú, destacou o comprometimento da organização e dos participantes na formação técnica e na consolidação do projeto. Desde sua criação, a feira tem sido um exemplo de sucesso na promoção da agricultura sustentável e da economia local. “Uma das ideias do projeto é levar a assistência técnica para, no caso os produtores, fazer a certificação orgânica, levar o conhecimento técnico para ajudar na produção. Então, isso já melhora a condição de vida desses produtores. Para os demais, o pessoal do artesanato, dos pães artesanais, dos produtos também é uma forma de auxiliar na comercialização do produto e melhorar a condição de vida deles também, uma vez que eles podem trazer, apresentar e vender os seus produtos na feirinha”, disse.
Na comemoração, os participantes e expositores foram homenageados com certificados, como reconhecimento do trabalho realizado no projeto. Maria Silvana Tataruk Morosini começou a vender bolos e bolachas caseiras, na feitinha agroecológica, neste anos. Mesmo com o pouco tempo, ela já se sente acolhida no que chama de “grande família”. “Eu fazia bolo só para a casa, para família. Daí, eu comecei e gostei. É uma renda extra. Ter o meu dinheirinho mesmo, para não precisar pedir dinheiro para o marido. Eu gosto. É uma coisa que a gente sempre está trabalhando, está produzindo, se sentindo útil fazendo alguma coisa e é bom aqui o convívio com os feirantes e bem animado, gosto muito”.
Neste 14º aniversário, a Feira Agroecológica da Unicentro reafirmou seu compromisso com a sustentabilidade, com a valorização dos produtores locais e com o fortalecimento da comunidade. “Tem sempre essa questão da agroecologia, que vê a natureza, que vê o homem, que vê as suas relações. É a relação que você tem com todos os níveis da universidade e externo. Você vê aqui funcionário, você vê servente, você vê o (funcionário) terceirizado, você vê os professores e feirantes. Acho que essa relação é mais importante para mim, do que a comercialização”, assegurou o coordenador do projeto, Jorge Fávaro.