Egresso da Unicentro foi o jornalista mais premiado do Brasil em 2022
O egresso do curso de Jornalismo da Unicentro, Cléber Moletta, foi o jornalista mais premiado do Brasil no ano de 2022. O ranking é feito, anualmente, pelo Portal do Jornalista, a partir do mapeamento dos prêmios voltados aos profissionais do jornalismo realizados em todo o território brasileiro. A partir desse levantamento, o portal atribui notas de acordo com a importância de cada premiação. “Se é um prêmio local, regional ou nacional. Se é um prêmio focado em uma única temática ou se é de uma reportagem geral, enfim, a partir desse critério, é estabelecido o ranking, que chegou à 12ª edição”, explica Cléber.
No ranking geral, Cléber, que trabalha na Rádio Cultura de Guarapuava, figura na primeira posição com um total de 105 pontos. Essa é a primeira vez que um jornalista do interior ocupa o topo da lista. Foram três os prêmios conquistados por ele no ano passado – o Prêmio da Associação Médica do Rio Grande do Sul, na temática de saúde; o Prêmio da Instituição NHR Brasil, sobre a Hanseníase; e o Prêmio da CNT, que é Confederação Nacional dos Transportes. Todos eles têm abrangência nacional e, assim, Cléber concorreu com jornalistas de todo o Brasil.
“A (reportagem) que venceu o Prêmio da Associação Médica do Rio Grande do Sul”, detalha o jornalista sobre a produção, “é uma série sobre telessaúde e o acesso à serviços médicos via tecnologia pelo SUS. A ideia foi discutir como as tecnologias de telessaúde podem ampliar o acesso a serviços aqui na região”.
Já a reportagem que venceu o Prêmio NHR Brasil buscou esclarecer a população sobre a Hanseníase. A negligência em relação à doença, argumenta Cléber, dificulta que ela seja erradicada. A ideia, pontua o egresso da Unicentro, foi prestar um serviço, esclarecendo os sintomas da doença, como identificá-la em um primeiro momento, além de onde e quando buscar ajuda. “Para isso, eu utilizei algumas fontes, que são pessoas que tiveram hanseníase e que se curaram, mas enfrentam hoje algumas sequelas. Inclusive, nesse aspecto, ouvi uma fonte da Unicentro, que é a professora Carine Sangaleti, do Departamento de Enfermagem. No Departamento é oferecido um serviço para amenizar os efeitos de uma das sequelas da Hanseníase, que são as feridas”, pontua.
Por fim, a reportagem que venceu o prêmio da CNT versa sobre os desafios do transporte público no município de Guarapuava. A produção da reportagem, detalha Cléber, envolveu diversos processos. “Exigiu ouvir fontes muito especializadas, também tive que ler muitos documentos e consultar dados para construir essa reportagem de um modo bem preciso, mostrando para o nosso ouvinte, apontando para ele que existe um problema sério de formato no transporte público de Guarapuava. A ideia foi trazer um pouco essa discussão e apresentar possibilidades e alternativas de como a cidade pode superar esse problema do transporte coletivo. Essa foi, talvez, a mais trabalhosa de se fazer porque é um tema bem técnico”.
Para o jornalista, a conquista do primeiro lugar no ranking é um indicativo da qualidade do trabalho desenvolvido e uma oportunidade de projetar o jornalismo que vem sendo feito fora dos grandes centros. “O jornalismo no interior do Brasil, às vezes, não tem tanta visibilidade A importância do jornalismo regional e local no Brasil não é tão observada e valorizada. Mas não quer dizer que não existe jornalismo de qualidade feito por profissionais que estão nessas regiões do país” defende Cléber. Ele ainda comemora o título de jornalista mais premiado destacando o papel da universidade para a formação de profissionais de qualidade. “A profissionalização do jornalismo é algo extremamente necessário. Minha gratidão é imensa a Unicentro. Se não fosse a formação acadêmica, nenhuma possibilidade existiria de ter essa trajetória profissional”, finaliza o egresso.