Unicentro tem quatro pesquisadores contemplados em edital de bolsa produtividade do CNPq
Para que o desenvolvimento de atividades de pesquisa seja contínuo nas universidades, o suporte financeiro de órgãos de fomento para os docentes é fundamental. Uma das principais iniciativas nessa área é o Programa de Bolsas de Produtividade em Pesquisa, promovido pelo CNPq, que é o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. O programa tem como objetivo incentivar o aumento da produção científica, tecnológica e de inovação de qualidade. A Unicentro tem, no total, 19 bolsistas produtividade em pesquisa. Na última chamada, foram três os docentes contemplados com a renovação do apoio – Evandro Vagner Tambarussi, do Departamento de Engenharia Florestal; Gilmar de Carvalho Cruz, do Departamento de Educação Física, do câmpus Irati; e Fauze Jacó Anaissi, do Departamento de Química.
O projeto que garantiu a renovação da bolsa produtividade para o professor Fauze é intitulado “Desenvolvimento de Materiais para Tratamento de Água”. “Estamos investindo na preparação de novos materiais que possam ser utilizados de maneira simples e que não gerem resíduos, dentro dos Objetivos de Desenvolvimento Social da ONU, as chamadas ODS’s. É um projeto diferente dos anteriores por tratar de uma aplicação direta. Então, já temos alguns resultados publicados”, explica.
Essa é a quarta vez que o professor Fauze tem a bolsa produtividade renovada pelo CNPq. Para ele, o apoio do programa é um incentivo para o desenvolvimento de materiais e para a publicação de artigos. “O CNPq é um motivador da ciência, do desenvolvimento. Nos incentiva a atrair alunos para continuar desenvolvendo esse projeto”.
Já a professora Márcia da Silva, vinculada ao Departamento de Geografia, é a mais nova bolsista produtividade da universidade. A pesquisa que garantiu sua inclusão no programa tem como título “Aporofobia Socioterritorial: Geografia Política contemporânea como fórum de discussões (e ações) sobre poder, desigualdade, opressão e democracia”. O objetivo, de acordo com a professora, é utilizar aportes conceituais da Geografia Política contemporânea como fórum de discussões e ações sobre aporofobia, termo usado para fazer referência à aversão aos pobres, em sua dimensão socioterritorial, tendo como enfoque as relações de poder, as desigualdades, a opressão e a democracia. A docente detalha como a pesquisa deve ser desenvolvida. “Os estudos se darão a partir de moradores de rua de diversas cidades brasileiras. Então, vamos fazer um estudo por amostragem para demonstrar essa desigualdade da aporobofia também em termos territoriais ou socioterritoriais”, detalha .
A pesquisadora avalia que muitas as vantagens de ser bolsista produtividade, desde o reconhecimento dos pares até a contribuição para o avanço da ciência. “Reconhecimento da comunidade acadêmica da área e fora dela, em termos institucionais; fomento ao programa de pós-graduação de vinculação, no caso o de Geografia; ainda mais dedicação, responsabilidade e compromisso com o ensino, pesquisa e, também, extensão; mais horas de trabalho, mas com muita alegria e sentimento de que fiz algo que pode ser traduzido em avanço do conhecimento pela minha ciência e pelos meus alunos”, avalia Márcia.
O diretor de pesquisa da Unicentro, professor Najeh Maissar Khalil, ressalta que fomentos como a Bolsa Produtividade são formas de reconhecimento pelo trabalho de excelência feito pelos pesquisadores dentro da universidade. “Estimulam muito esse grupo de pesquisadores e pesquisadoras a continuar seu trabalho e é uma percepção de que o que eles têm feito e desenvolvido ao longo da sua carreira tem um método científico, que é onde o CNPq, através de um edital específico, vislumbra a situação e acaba beneficiando os pesquisadores com uma importante bolsa científica no país”.
O pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, professor Marcos Ventura Faria, ainda destaca que ter professores contemplados no Programa de Bolsas Produtividade projeta o nome da Unicentro no cenário da produção científica. “Isso é importante tanto para a pesquisa quanto para a pós-graduação porque, quanto maior o número de bolsistas da instituição, é um indicativo de maior qualidade da pesquisa realizada dentro de cada área do conhecimento”, conclui.