Unicentro sedia 1° Encontro Internacional Educação Ambiental e Emergência Climática
O 1° Encontro Internacional Educação Ambiental e Emergência Climática: da reflexão à ação foi realizado, entre 28 a 30 de novembro, pelo Programa de Mestrado em Ciências Naturais e Matemática (PPGEN) e pelo Núcleo de Educação Ambiental da Unicentro, em parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Guarapuava. O objetivo do evento foi favorecer a construção de conhecimentos sobre a emergência climática e proporcionar subsídios teóricos e práticos à mitigação e adaptação da mudança do clima. Aberto a toda a comunidade, com atividades on-line e presencial, o evento reflete a etapa final do curso Educação Ambiental e Crise Climática.
As atividades do encontro abordaram a pauta como um problema ecossocial, emergente e de extrema relevância, com potencial de trazer impactos diretos na comunidade científica, escolar, na sociedade e no meio ambiente local e global. “O evento faz parte de um projeto maior, que foi um processo formativo que começou em março. Nós tivemos dois meses de curso de formação semanal. Além de promover a discussão e a reflexão, a gente queria promover a ação. Então, os participantes foram convidados a fazer uma proposta de intervenção no seu contexto e o evento é o ponto culminante onde vai haver a socialização dessas experiências de intervenção”, disse a Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências Naturais e Matemática, Adriana Kataoka.
A noite de abertura contou com duas palestras comandadas por nomes renomados. A primeira teve como tema “Desafios da governança em tempos de emergência climática e metamorfoses sócio-políticas”, ministrada por Pedro Jacobi, docente da Universidade de São Paulo (USP). A seguir, o docente francês Alfredo Penna-Vega, da École des hautes études en sciences sociales, proferiu a palestra “Como pensar a urgência climática: gerações presentes e gerações futuras”, sobre a relevância de elucidar o problema a fim de buscar uma saída.
“O que é importante é mostrar para as pessoas que isso significa uma urgência climática e mostrar que a urgência climática já é uma evidência, não é uma coisa de hoje, já vem há um tempo. Então, acho que é importante vir mostrar que essa questão da urgência climática, hoje, é um aspecto que tem que ser pensado bem, para poder a gente achar as possibilidades de saída da crise que nós vamos ter”, contou Alfredo.
Para Penna-Vega, o resgate da palavra ‘conscientização’ é essencial e a realização de eventos com a temática para a discussão do problema, assim como encontrar soluções, é muito importante. “Na medida que a urgência parece ser uma evidência, que nós constatamos que é uma evidência, isso vai provocar questionamentos na sociedade, questionamentos no mundo acadêmico e isso vai levar a discussões, vai levar a pensar como a gente pode enfrentar aquilo e vai levar o mundo acadêmico a elaborar projetos de pesquisa, projetos de reflexão. Acho que isso faz parte do processo, o que é importante é que a gente tome consciência daquilo que está acontecendo e que a urgência climática não é uma palavra vazia, ela tem um sentido”, declarou.
Contando com profissionais gabaritados, representantes de diversas instituições de ensino superior e autoridades do poder público, o evento busca, além de levar a conscientização, discutir propostas de mitigação. “A emergência climática tem um caráter de urgência. Então, não basta apenas discutir e teorizar, precisamos concretizar, materializar mudanças. Quando a gente fala de emergência climática, a gente fala em ações de adaptação e de mitigação, não é reverter tudo que aconteceu, já não tem como, mas a gente vai ter que conviver com essa problemática por muitas décadas ainda. Então, precisamos pensar em ações de mitigação e adaptação”, disse a coordenadora Adriana.