Unicentro encerra participação em missão técnica internacional da Abruem
A segunda semana de missão técnica da Abruem, a Associação Brasileira das Reitoras e dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais, ao México foi marcada pela visita a duas instituições de ensino superior, por reuniões com representantes de órgãos de regulação e de fomento à pesquisa e, ainda, pela participação no Simpósio Internacional do GCUB, que é o Grupo Coimbra de Universidades Brasileiras. Pela Unicentro, participaram da visita técnica o reitor e a diretora de Relações Internacionais – respectivamente, professores Fábio Hernandes e Cibele Krause Lemke.
As universidades visitadas foram a Universidade Autônoma Metropolitana e o Instituto Tecnológico de Monterrey, que tem unidades em todo o território mexicano. “O Instituto se destaca”, segundo a professora Cibele, “por ter um currículo totalmente aberto, em que o aluno pode ingressar em um determinado curso e, durante o seu período de estudos, ele pode se deslocar por diferentes áreas do currículo chegando ao final com uma formação bastante ampla”. Essa flexibilização do currículo e também a modalidade de ensino híbrido adotadas pelo Instituto Tecnológico de Monterrey chamaram a atenção dos representantes da Unicentro. “Com esse Instituto, formalizamos acordo de cooperação para diferentes áreas do conhecimento, sobretudo para as áreas tecnológicas da universidade”, ressalta a coordenadora de Relações Internacionais da Unicentro.
Dois dias da semana tiveram a agenda reservada para o 12º Simpósio Internacional do GCUB, que é o Grupo Coimbra de Universidades Brasileiras, e para o 3º Encontro de Reitores Brasil-México. Os dois eventos foram realizados, simultaneamente, na Unam, que é a Universidade Autônoma do México, e contaram com a participação – além das universidades brasileiras e mexicanas – de representantes de instituições de ensino superior da Argentina, da Bolívia, de Cuba e do Peru. Nas sessões plenárias, estiveram em pauta os compromissos que devem ser assumidos pelas universidades nesse século XXI, em especial o que diz respeito aos problemas globais. Além disso, “no Encontro de Reitores e no Seminário foram abordados temas como cooperação no campo da pesquisa em áreas estratégicas e a mobilidade discente, docente e do pessoal administrativo”, conta o professor Fábio.
Encerrando a missão, os reitores das universidades associadas à Abruem tiveram reuniões com representantes de dois importantes órgãos governamentais. Um deles é o Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia do México, o Conacyt, que é o responsável pelo fomento à pesquisa no país. “Foi uma reunião muito importante porque é o principal órgão de fomento do Governo Mexicano para ações e parcerias envolvendo recursos e editais internacionais”, avalia a diretora de Relações Internacionais da Unicentro. A segunda reunião foi com a Secretaria de Educação Pública do México, que equivale, no Brasil, ao Ministério da Educação. “Lá foram apresentadas as demandas, o porquê da nossa missão. A Secretaria se colocou a disposição para intermediar, junto com o Ministério da Educação brasileiro, parcerias de pesquisa, de extensão e de mobilidade”, relata o reitor da Unicentro.
Depois de duas semanas realizando visitas técnicas à diferentes órgãos e universidades mexicanas, Fábio e e Cibele planejam compartilhar as informações coletadas com a comunidade universitária de Guarapuava e Irati. “Queremos fazer um seminário interno na Unicentro, promovido pela reitoria e pelo ERI, para compartilhar os resultados dessa missão e compartilhar possibilidades de cooperação, também reunir pesquisadores da Unicentro e de universidades visitadas a fim de que essas ações de fato se concretizem”, complementa Cibele.
De volta à Unicentro, ambos – reitor e diretora de Relações Internacionais – avaliam a participação da universidade na missão da Abruem ao México com bastante positiva. “Nós observamos vários pontos de interesse e que nos permitem construir parcerias de cooperação acadêmica com todas as universidades visitadas. Durante essas visitas nós observamos que a Unicentro tem muito a aprender com essas universidades mexicanas, mas também reconhecemos que temos muito que compartilhar com essas universidades. Nós temos potencial para desenvolver projetos de pesquisa e de mobilidade nas diferentes áreas do conhecimento e esperamos que isso se realize em breve”, diz ela.
No mesmo sentido, o reitor da Unicentro afirma que “essa missão foi muito importante e muitos frutos surgirão. Foram duas semanas bastante intensas. Além de visitar a Embaixada Brasileira, a Secretaria de Educação Pública, o Conacyt, fomos também visitar 10 instituições de ensino superior mexicanas – públicas e privadas. Nós voltamos muito otimistas. Temos certeza que muitas parcerias serão desenvolvidas, muitos intercâmbios ocorrerão”.