Grupo Frutos do Pará empolgou o público na abertura do Festival de Arte Folclórica 2022
A cultura popular, mais uma vez, valorizada na Unicentro. A música e a dança do grupo parafolclórico Frutos do Pará abriram o 35º Encontro da Arte Folclórica da universidade. Da coreografia sincronizada ao ritmo da batida dos tambores e ao colorido das roupas típicas – tudo conta um pouco da história do grupo. “A gente traz um espetáculo de vida do Frutos do Pará. 30 anos trabalhando em prol da cultura paraense. É muito importante para nós, termos a oportunidade de trazer a nossa cultura, poder dividir com o povo o que a gente trabalha, que é com a nossa cultura, contando a história do Pará”, complementa a coreógrafa e diretora do grupo Nazaré Azevedo.
Levar a essência do folclore amazônico a vários cantos do Brasil é motivo de orgulho para a dona Iracema Oliveira, fundadora do grupo, que, aos 85 anos de idade, faz questão de subir ao palco nas apresentações do grupo para celebrar um legado que é passado de geração em geração. “A gente não tem nem palavras para dizer o que a gente sente. Aqui eu já tenho os frutos dos frutos, porque meu pai passou para mim, eu passei para o meu filho e ele passou para os filhos dele. Então, quer dizer, isso não vai morrer nunca, vai passando de geração em geração”, afirma.
Dividir o palco com pessoas da mesma família é tradição para o grupo. Tatiene e Felipe Silva, por exemplo, são mãe e filho e, no espetáculo, representaram diferentes aspectos da cultura paraense. “Eu estou tentando mostrar para ele que a gente precisa de cultura, precisa saber sobre a nossa história e tudo o que aconteceu para seguir a diante”, conta ela. E Felipe complementa: “dá meio um friozinho na barriga e dá muita emoção viajar. É bem legal fazer parte”.
A apresentação transportou o público guarapuavano ao estado do Pará. Música e dança representaram desde a religiosidade até os fenômenos naturais que ocorrem na Amazônia. Espetáculo que empolgou a plateia. “É muita diversidade que eles trouxeram. É muito linda a apresentação”, avalia Joyce de Lima. A professora Érica Dias Gomes conta ter achado “excelente, muito diverso. Faz um resgate de várias danças e músicas. É bem interessante a narrativa também. Achei bem rica a apresentação”.
Já o estudante Victor Costa, diz que se sentiu em casa durante o espetáculo. “É uma representatividade muito grande para mim, que sou do Norte. Voltar ao Pará, voltar ao norte do país, para mim que já moro há tanto tempo no sul, é muito gostoso, é uma sensação incrível porque é como se eu estivesse lá de novo, é como se estivesse revivendo tudo isso e é muito emocionante”.
Como já é tradição na Unicentro, o Encontro da Arte Folclórica, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da universidade, abre espaço para as mais diversas formas de manifestação cultural, em uma programação que segue até o final do mês de agosto. “Esse ano o tema é “Raízes”, bem ligado ao que é o folclore. Teremos, então, apresentações das escolas municipais com a temática lendas regionais; teremos a participação dos grupos folclóricos italiano, polonês, alemão e árabe, a noite gaúcha, uma noite só de concertos folclóricos, com a presença da nossa orquestra, inclusive. Fecharemos com uma oficina de contação de histórias e também com a participação de escolas privadas pela primeira vez no evento”, finaliza a diretora de Cultura da universidade, professra Níncia Borges Teixeira.