Intolerância em ambientes organizacionais é tema de aula inaugural do Sesa Irati

O setor de Ciências Sociais Aplicadas do câmpus Irati, o Sesa/I, promoveu a aula inaugural do semestre letivo nesta terça-feira, 02. O encontro abordou a intolerância institucionalizada e, para isso, contou com uma palestra proferida pelo professor Francis Kanashiro Meneghetti, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, a UTFPR. A intolerância como uma violência institucionalizada é um tema que tem sido estudado pelo professor Francis e outros pesquisadores do grupo coordenado por ele, o Nuevo, que é o Núcleo de Estudos da Violência Organizacional.

“Nós temos uma sociedade que tem muitos preconceitos, muitas práticas de discriminação, mas que, hoje, tem institucionalizado os atos de intolerância, a violência sistemática contra determinados grupos de pessoas”, explica o professor.

Através de uma pesquisa realizada com 1.400 pessoas, o grupo conseguiu mapear dez formas de intolerância presentes no contexto brasileiro, como a intolerância de gênero, a étnica, a religiosa, a geracional e a ideológica. O intuito da palestra, segundo o professor, foi “mostrar para os jovens que existem caminhos para evitar a intolerância e que esses caminhos precisam ser percorridos”.

Palestra teve como proposta levar estudantes à reflexão (Foto: Coorc)

A palestra fez a Mokine Caroline Ramos, aluna de Turismo, refletir sobre as relações profissionais e pessoais. “É um assunto muito da atualidade. Algo que a gente vivencia no nosso dia a dia. Eu achei que contribuiu bastante para a vida pessoal e acadêmica também. Nos nossos estágios, viagens e extensões, a gente tem bastante contato com muitas pessoas e a gente começa a perceber e olhar com outros olhos as situações que ocorrem ao nosso redor. Situações que podem ser mudadas”.

Para o diretor do Sesa/I, professor Edélcio José Stroparo, a aula inaugural foi um momento importante para o setor. “Nós temos essa ideia de todo início de semestre termos conferências de aula inaugural e sempre trazemos temas que sejam importantes para todos os cursos e todos os estágios em que os alunos se encontram”, comenta. Sobre a temática escolhida, o professor destaca a importância da informação como um contraponto às diferentes formas de preconceito. “Nós entendemos que a informação talvez seja o melhor antídoto. Por isso, a palestra do dia de hoje é para tentar contrapor, fazer com que as pessoas se abram para superar essas questões, a intolerância de qualquer nível, de qualquer espécie”.