Estudantes de Jornalismo participam de palestra com egresso do curso

Formado em Jornalismo pela Unicentro, Luãn Chagas, hoje docente da Universidade Federal de Mato Grosso, voltou à instituição para dividir com os acadêmicos de Comunicação Social, um pouco das experiências vivenciadas na área da pesquisa. Na palestra intitulada “Jornalismo Construtivo e de soluções em podcast: uma saída para contar boas histórias”, o jornalista destacou que, para além de conhecer novas tecnologias, dispositivos e linguagens, é preciso repensar os valores do jornalismo na atualidade.

“O objetivo é mostrar saídas e alternativas para que a gente continue fazendo um jornalismo de qualidade e, ao mesmo tempo, um jornalismo que possa inspirar as pessoas e trazer novas possibilidades, engajamento social, o reconhecimento de que estamos em uma sociedade complexa, com muitos problemas, mas que, ao mesmo tempo, existem saídas. Olhando, principalmente, por exemplo, para as possibilidades de saída para os problemas sociais, sem cair na superficialidade daquilo que é negativo, ruim e insólito”, defende o egresso do curso de Jornalismo da Unicentro.

Luãn concluiu a graduação em jornalismo na Unicentro há oito anos (Foto: Coorc)

Na palestra, Luãn também falou sobre seu livro “A seleção das fontes no rádio expandido”, que é resultado das pesquisa que desenvolveu durante o doutorado. A obra do egresso da Unicentro discute as estratégias que podem ser seguidas a fim de garantir a diversidade de vozes nas reportagens. “Sempre tive muito interesse nessa ideia de conhecer as histórias das pessoas – desde o espaço político até a mesa do bar. Então, acho que a principal forma de garantir um bom jornalismo e de contar boas histórias é reconhecer que as pessoas têm histórias. Selecionar fontes não é algo simples, nem algo fácil e mecânico. Temos que saber quem são essas pessoas, produzir pautas em torno dessas pessoas, conhecer o entorno delas e, quando a gente fala sobre o rádio, por exemplo, saber que existem paisagens sonoras dessas pessoas. É preciso ter diversidade no jornalismo e ao mesmo tempo garantir que essa diversidade ocorra com a escuta e a seleção criteriosa, que se compreenda quem são essas pessoas para poder selecioná-las”.

A acadêmica Emily França, do segundo ano de Jornalismo, acompanhou a palestra e, ao final, estava empolgada por aplicar o que aprendeu com Luãn Chagas. “Para a nossa graduação isso é fundamental. Estamos vivendo em um momento em que as mídias são muito consumidas. É muito legal saber como aproveitar todos esses ganchos jornalísticos e como passar informação de uma maneira atrativa para as pessoas”. Para ela, além de todo conhecimento, a palestra proferida por Luãn também é um incentivo para a formação profissional. Afinal, a trajetória do egresso é um exemplo para os estudantes de agora. “Valoriza muito o nosso curso e a nossa universidade, porque a gente vê o quão longe podemos chegar através do nosso estudo, esforço e dedicação. É muito motivador porque acreditamos que com um jornalismo sério podemos chegar longe”, avalia.

Estudantes dos quatro anos do curso de Jornalismo participaram da palestra (Foto: Coorc)

A chefe do Departamento de Comunicação Social, professora Layse Nascimento, pontuou que a palestra reforça uma discussão importante dentro do jornalismo, que é a seleção de fontes. “Nos ajuda em nosso trabalho pedagógico porque as falas dele se somam às nossas na importância e no cuidado que temos na formação do profissional – a importância de sair, conversar com pessoas, ter um olhar atento dentro da sociedade. Ele trouxe na palestra a perspectiva desse Jornalismo Construtivo, que não basta informar, você tem que informar e mobilizar pessoas para fazer com que elas participem das mudanças necessárias e na busca de soluções”, finaliza.