Unicentro premia melhores trabalhos de Iniciação Científica

Unicentro premia melhores trabalhos de Iniciação Científica

Uma das atividades mais esperadas da Semana de Integração Ensino, Pesquisa e Extensão da Unicentro é a divulgação dos premiados com a Menção Honrosa de Iniciação Científica, que destaca os melhores trabalhos de IC desenvolvidos na universidade. A premiação encerra a programação do Eaic, que é o Encontro Anual de Iniciação Científica da universidade. Entre os 761 trabalhos apresentados nesse ano, 157 foram inscritos para concorrer à Menção Honrosa e 51 foram premiados em três categorias – o Proic, que é o Programa Institucional de Iniciação Científica, o Pibis, que é o Programa Institucional de Apoio a Inclusão Social Pesquisa e Extensão Universitária, e o Pibic-EM, que é o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica para o Ensino Médio.

Vamos começar pelo Ensino Médio, que é o Encontro Anual de Iniciação Científica Júnior. Nós temos, este ano, 28 trabalhos concorrendo, dos quais seis foram premiados, sendo três do campus Cedeteg e três do campus Irati, no qual participam sete escolas ligadas ao Núcleo de Educação de Guarapuava e também ligadas ao Núcleo de Educação de Irati. Neste ano, nós tivemos concorrendo no Pibis um total de 35 inscritos, dos quais foram premiados 21 trabalhos, relacionados a oito áreas do conhecimento. Já no Pibic, nós tínhamos concorrendo 84 trabalhos, dos quais foram 24 agraciados neste ano”, detalha o diretor de Pesquisa da Unicentro, professor Luciano Farinha.

A Menção Honrosa de Iniciação Científica concede prêmios aos estudantes autores das pesquisas e a seus orientadores em oito grandes áreas do conhecimento: Ciências Agrárias, Ciências Biológicas, Ciências Exatas e da Terra, Ciências Humanas, Ciências da Saúde, Ciências Sociais Aplicadas, Engenharias e Linguística, Letras e Artes. Os critérios avaliados para a classificação dos melhores trabalhos são o mérito, a relevância e a qualidade do trabalho, a originalidade e a inovação da pesquisa e a sua aplicação prática aos problemas do cotidiano.

A pesquisa do estudante de Ciência da Computação, do campus Cedeteg, Daniel Minoru Amaro Takabaiashi, cumpriu todos os requisitos e levou o primeiro lugar na categoria Pibic Engenharias, com o trabalho “Smart Cities e um estudo de caso em Dados Abertos Conectados”. “A minha pesquisa teve como objetivo dar uma aplicação prática para um tema que se chama Dados Abertos Conectados que, resumidamente, são dados que podem ser acessados e modificados por qualquer pessoa para qualquer finalidade. Tendo isso em mente, eu tive como foco trabalhar com dados das rotas de ônibus que passam por instituições de ensino superior de Guarapuava, disponibilizando para a população as linhas de ônibus, o ponto que ele vai passar e o horário dos ônibus naquele ponto, com o objetivo de auxiliar na mobilidade urbana. Ter ganhado o prêmio de Menção Honrosa dá um ânimo para a gente continuar trabalhando nesse projeto, inclusive já dei continuidade nessa minha pesquisa e já estou trabalhando nas próximas etapas”, conta.

Daniel foi orientado pela professora do Departamento de Ciência da Computação Gisane Aparecida Michelon. Ela destaca que a pesquisa do aluno segue rendendo frutos e que o reconhecimento, através da Menção Honrosa, é um incentivo para seguir desenvolvendo trabalhos científicos. “Foi muito gratificante receber o prêmio. Dá um ânimo para continuar a pesquisa, porque, mesmo com as dificuldades que todos nós tivemos com a pandemia, que as orientações tiveram que ser a distância, no final foi recompensado com esse prêmio. Queria também enfatizar que esse trabalho já obteve um registro do software que foi desenvolvido e também teve outros resultados, como artigos já publicados”.

Outra pesquisa em destaque foi a da Juliane Nunes José, estudante de Psicologia, do Campus Irati, premiado na categoria Pibis Ciências Humanas, com o trabalho “Violência contra a mulher em Irati-PR: Mapeamento dos dados formais no campo da Saúde”. A aluna descreve os procedimentos e resultados do levantamento. “Nesse trabalho, nós realizamos um mapeamento dos casos de violência contra mulheres que chegam até os equipamentos de saúde por meio de uma análise dos dados das fichas do Sinan, que é o Sistema de Informação de Agravos de Notificação. A maioria das notificações se tratava de violência física e, em seguida, a violência sexual e tortura. Houve alguns registros de violência psicológica ou moral, mas eles sempre eram acompanhados da violência física ou sexual. Não havia registros somente da violência psicológica ou moral, o que indica uma invisibilização ou uma banalização desse tipo de violência”, explica a estudante.

A orientadora da Juliane, a professora Kátia Alexsandra dos Santos, pontua que, para além dos dados levantados pela pesquisa, a avaliação do cenário da violência contra as mulheres permite reflexões em torno da necessidade de índices mais precisos, para que hajam soluções mais efetivas no combate a essas práticas. “Essa pesquisa foi bem significativa para não só auxiliar nesse mapeamento do levantamento das violências aqui em Irati, mas entender como isso tem se dado no campo da saúde e o que a gente pode fazer para melhorar a identificação, de fato, dos índices de violência contra a mulher”.

Para o pró-reitor de Pesquisa da Unicentro, professor Marcos Ventura Faria, a Menção Honrosa de Iniciação Científica é uma importante ferramenta para motivar os jovens pesquisadores e seus orientadores a continuarem engajados na produção de ciência. “É um incentivo para o estudante que desenvolveu o trabalho e pretende dar continuidade nas atividades de pesquisa. É um incentivo a mais e uma valorização do empenho e da dedicação. Também valoriza o trabalho do orientador, a orientação, a linha de pesquisa e a qualidade do trabalho desenvolvido. Isso é importante para que cada vez mais, a cada ano, a cada edição do evento os alunos possam se dedicar para tentar concorrer ao prêmio, elevando a qualidade e valorização da pesquisa na Unicentro”, finaliza.

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