Departamento de Química vai desenvolver oficinas laboratoriais em colégios estaduais
A boa relação entre a universidade e as escolas é parte fundamental na formação dos estudantes. É pensando nisso que o Departamento de Química da Unicentro se reuniu com as gestoras de três colégios estaduais de Guarapuava, na busca pelo estreitamento desses laços. Participaram do encontro as diretoras do Cristo Rei, do Francisco Carneiro Martins e do Visconde de Guarapuava. As professoras Elisângela de Souza e Daiane Finger representaram a universidade no encontro. Segundo Elisângela, a conversa visou discutir a implantação e desenvolvimento de um projeto, nas escolas, baseado em atividades que auxiliem os alunos no processo de aprendizagem da química.
“Esse projeto tem o intuito de construir uma relação mais permanente com as escolas estaduais aqui da nossa cidade. Então, não queremos apenas divulgar o curso de química, mas valorizar os elementos da faculdade pública, que potencializam o aprendizado, a formação dos estudantes, não só da forma técnica, mas também como cidadãos. Nós também queremos mostrar a importância da química. Então, de forma mais específica, as ideias de atividades são auxiliar no processo de aprendizagem da disciplina de química, promover o interesse dos alunos pela área da química, mostrar as diferentes áreas da química e a aplicação no mercado de trabalho”, explica a professora Elisângela.
A professora Elisângela destaca que a proposta também objetiva atuar na preparação dos estudantes do Ensino Médio para o Vestibular e PAC, com a oferta de oficinas laboratoriais. “Muitas vezes, os alunos têm ideias maravilhosas, têm ideias diferentes, e a gente não tem esse espaço para ouvi-los. Então, criar um momento específico para isso poderia ser estimulante para os nossos alunos. Outra coisa que é de extrema importância, e que a gente sabe, é o retorno que a universidade precisa dar para a comunidade escolar e para a comunidade como um todo. Então, nesse tipo de ação pode vir a resolução para problemas que a comunidade enfrenta ou outras soluções”.
A diretora auxiliar do Colégio Estadual Francisco Carneiro Martins, Patrícia Padilha, enfatiza que a importância do fomento da relação escola e universidade vai muito além das salas de aula. “Nós, no colégio, temos em mãos o principal público necessário para a universidade, que são os alunos. Então, essa relação permite estreitar laços e, também, passar segurança para os nossos alunos naquilo que eles irão escolher profissionalmente, ela permite que o aluno conheça a faculdade, saiba como funciona, qual o interesse, se aquele interesse é real. Quando a escola caminha na mesma direção que a universidade, os alunos chegam na universidade mais preparados. Nós acreditamos que cheguem mais cientes e, com isso, pode diminuir o índice de abandono futuramente”, afirma.
O vice-chefe do Departamento de Química, professor Marcos Roberto da Rosa, destaca a necessidade de abrir as portas da universidade para estudantes do ensino básico desde muito cedo, através de projetos que estimulem os alunos a procurarem mais sobre o ensino superior. “Nós precisamos conhecer melhor a realidade das escolas, suas necessidades, os desafios que enfrentam e como a universidade pode ajudar nesse processo. Como um aluno vai gostar da química se nunca entrou em um laboratório na escola? A universidade pode ajudar nessa questão oferecendo as oficinas, aulas experimentais e outras atividades dentro do laboratório, até para estimular o interesse pela química e pela ciência”, defende o docente.