Unicentro inicia mostra Poesia e Minicontos de Lombada
“A maior de todas as histórias. A luz do mundo, o grande divórcio, a grande queda, a abolição do homem, o problema do sofrimento. Em busca de sentido, o Deus que intervém: maravilhosa graça! O sagrado romance”. Essa é um poema de Rodrigo Bastos, construído a partir dos títulos de livros e integrante da II Mostra de Poesias e Minicontos de Lombada, promovida pela Unicentro, através da Dirc, que é a Diretoria de Cultura.
Segundo a professora Níncia Teixeira, diretora de Cultura da universidade, essa arte, que busca criar textos coerentes a partir de títulos de livros, teve início há quase 30 anos e se disseminou durante a pandemia de coronavírus, quando as pessoas ficaram mais tempo em casa. “Essa brincadeira virou moda na internet no último ano e gerou vários concursos e exposições. A ideia remonta a um projeto de uma artista americana, chamada Nina Katchadourianque, em 1993, começou a agrupar livros e formar frases, formar períodos, a partir de bibliotecas públicas e coleções privadas, depois ela registrava em fotografias e expunha nessas bibliotecas”.
A mostra teve início na última segunda-feira e segue com postagens diárias dos poemas e minicontos até o final desse mês de julho. Os textos foram enviados no mês passado por diversas pessoas da comunidade, quem atenderam ao convite da Dirc. A Andriele Heupa é uma das autoras e está participando pelo segundo ano da mostra de poesias de lombada. “Eu entendo que essas produções artísticas, a partir das lombadas dos livros, dos títulos são um grande incentivo para a criação poética, tendo em vista que as montagens possibilitam inúmeras interpretações – tanto para quem produz, quanto para quem lê. Essa desautomatização da linguagem proporciona um exercício criativo. Além disso, acredito que os livros escolhidos para compor a poesia revelam muito sobre o artista”, avalia.
Além de proporcionar um exercício criativo, a montagem dos poemas e minicontos com os títulos dos livros é uma atividade divertida, que traz um novo olhar para a prateleira e pode ser realizada por todos. O Rodrigo Bastos, por exemplo, autor da poesia do início dessa matéria, reuniu a família para a construção do texto. “Minha esposa e meus filhos também se interessaram e resolveram participar também,. Então, acabou virando uma atividade de família. Foi bem interessante, foi divertido, demos boas risadas e fizemos uma bagunça com os livros”.
A mostra pode ser conferida diariamente nas redes sociais da Dirc: facebook.com/dirc.unicentro ou pelo Instagram @_dirc.