Unicentro terá Grupo de Apoio a Enlutados por Vítimas de Covid-19
A pandemia de Covid-19 tem deixado, ao longo do tempo, uma série problemas de âmbito psicológico. Com o avanço da doença, por exemplo, muitas pessoas perderam, para a doença, familiares e pessoas próximas e, agora, vivenciam o sofrimento psíquico. Pensando em oferecer apoio emocional a essas pessoas é que a Coorae, que é a Coordenadoria de Apoio ao Estudante, criou o Grupo de Apoio a Enlutados por Vítimas de Covid-19. Segundo o psicólogo do Coorae e responsável pelo projeto, Derick Sulivan, o grupo visa minimizar os efeitos nocivos da perda, porque apesar do luto ser um processo natural, o momento atual da pandemia pode desencadear outros fatores agravantes, resultando em processos depressivos.
“Em situações de crise, seja por conta da pandemia, seja por outras situações de crise social, por um acidente ou fenômenos naturais, existe uma grande comoção pública e uma traumatização. Então, existem muitas pessoas entrando em um processo de traumatização gradual e silencioso. Ogrupo visa minimizar isso, os efeitos nocivos disso e, também, dar apoio no processo de luto para que esse processo não se torne um elemento patológico”, explica Derick.
A coordenadora de Apoio ao Estudante, professora Maria Regiane Trincaus, explica que, nesse primeiro momento, podem participar do grupo apenas membros da comunidade interna da Unicentro – professores, estudantes e agentes universitários – e suas famílias. O projeto, enfatiza Regiane, tem como principal objetivo oferecer apoio emocional de forma emergencial às famílias que se encontram nessa situação de sofrimento psíquico de uma forma aguda.“Acredito que a coordenadoria vem trabalhando no sentido de tentar amenizar um pouquinho o sofrimento. De uma forma geral, a pandemia da Covid tem trazido para as pessoas um sofrimento psíquico muito grande pelo fato de acabarem ficando isoladas em casa. Mas, principalmente esse ano que a gente viu um sofrimento psíquico muito voltado a essa perda repentina de entes queridos e familiares. Então, a gente pode trabalhar na prevenção dessa piora do estado emocional e na saúde mental das pessoas”.
O Grupo de Apoio será formado por, no máximo, 12 pessoas. O psicólogo Derick explica que as reuniões terão início depois que os interessados em participar forem entrevistados pelos psicólogos da Corae.“Nós iniciaremos o programa, primeiramente, com entrevistas com as pessoas que têm interesse. Essas entrevistas são para levantar o perfil, para a gente poder formar esse grupo de uma forma mais coesa. Então, depois que forem feitas essas entrevistas, nós já iniciaremos o grupo propriamente dito”, complementa Derick.