Estudantes de Jornalismo participam de mapeamento de veículos de comunicação do Brasil
O Atlas da Notícia é uma iniciativa do Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo (Projor), que visa mapear e contabilizar os veículos noticiosos brasileiros. Criada em 2017, a iniciativa busca valorizar o jornalismo local como um instrumento de democratização da informação. Afinal, é o acesso aos fatos e seus desdobramentos que permite a tomada de posição pela comunidade. Porém, no Brasil, ainda são muitos os chamados vazios noticiosos, ou seja, regiões onde não há nenhum veiculo de comunicação. No país, essa é a realidade de 37 milhões de pessoas. Ou seja, 18% da população.
Para a realização do levantamento, a cada ano, o Atlas da Notícia conta com parcerias para a realização da pesquisa. Para a edição 2021, a coleta de dados no estado do Paraná contou a participação dos estudantes do primeiro ano do curso de Jornalismo da Unicentro, a partir de uma iniciativa do professor Franco Iacomini, docente da disciplina de História do Jornalismo. “A possibilidade de entrar num projeto de pesquisa, assim interessante, diferente, algo que faça diferença para o conhecimento da mídia na região, acho que é super importante, muito válido, principalmente para quem está entrando na faculdade e começa já a tomar gosto pela pesquisa acadêmica. Acho que foi uma excelente oportunidade para eles, eles abraçaram a oportunidade e fizeram um trabalho bem legal”, avalia Franco.
Cada estudante ficou responsável por alguns municípios do Paraná. Eles pesquisaram os veículos de comunicação existentes, qual é a periodicidade de cada um e que tipo de veículo é. “Os nossos alunos são de vários locais do Paraná, inclusive de fora do estado. Então, esse projeto deu a eles essa possibilidade de mapear os veículos de comunicação que são existentes nas suas próprias regiões”, comenta o professor.
A acadêmica do primeiro ano de Jornalismo da Unicentro Nicoly Bruna participou da pesquisa mapeando rádios nas cidades de Turvo e Manoel Ribas. Para ela, a pesquisa foi enriquecedora. “O que eu mais gostei foi o fato de conversar com os profissionais da área, poder entender melhor o ambiente de trabalho deles e como o jornalismo se transforma no decorrer do tempo. O mais importante, para mim, foi o fato de estar em contato direto com o jornalismo”, ressalta.