Pesquisa e pós-graduação da Unicentro acumularam conquistas em 2020
“A gente precisa – e é necessário para qualquer país, em qualquer situação – de uma ciência forte, para que sejam desenvolvidas tecnologias que possam atender a vários aspectos da sociedade como um todo – econômicos, sociais, ambientais, saúde, produção, emprego e qualidade de vida de uma maneira geral”. A declaração é do pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação da Unicentro, professor Marcos Ventura Faria. Assim como ele, os professores e estudantes de mestrado e doutorado da universidade acreditam na ciência como uma impulsionadora para o progresso da sociedade e, por isso, trabalham dedicadamente no desenvolvimento de suas pesquisas.
E o esforço do corpo docente e discente da pós-graduação da Unicentro vem trazendo várias conquistas para a universidade. Em 2020, por exemplo, a instituição obteve a aprovação de três novos cursos de doutorado – em Educação, Letras e Química Aplicada. E as primeiras turmas iniciam já em 2021. “Todos nós – colegas do Departamento de Letras, em Guarapuava e Irati, vemos com grande alegria essa aprovação e festejamos muito. Desejamos que continuemos tendo muito êxito e que nossos egressos tenham sempre muito sucesso e aproveitem tudo aquilo que nós estamos proporcionando a eles enquanto universidade Unicentro e enquanto Programa de Pós-Graduação em Letras”, comemora a coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Letras da Unicentro, professora Maria Cleci Venturini.
Durante o ano de 2020, a produção científica de vários professores da Unicentro foi destaque em congressos, premiações e publicações de relevância internacional. Um desses casos é a inclusão da professora Rubiana Mara Mainardes no ranking de pesquisadores mais influentes do mundo. A docente dos programas de pós-graduação em Ciências Farmacêuticas e em Nanociências e Biociências destacou-se com as pesquisas que visam o desenvolvimento e a avaliação de nanomedicamentos para o tratamento de doenças de forma mais eficaz e menos tóxica para o organismo dos pacientes.O ranking que cita a professora Rubiana foi elaborado por uma equipe da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, que tomou como base o número de citações dos artigos científicos de pesquisadores em todo o mundo.
“Figurar entre eles mostrou que o meu trabalho tem tido ampla visibilidade no mundo, o que me entusiasma no prosseguimento dos projetos de pesquisa. É muito bom ver brasileiros serem reconhecidos pela ciência em um momento que vivemos a maior crise científica no país, onde os investimentos foram drasticamente reduzidos, editais de fomento cortados e bolsas de pesquisa retiradas pelo atual governo federal.A conquista é da Unicentro também, pois todas as pesquisas foram realizadas na instituição e com o apoio da mesma. Essa visibilidade que a Unicentro também ganha, através de seus pesquisadores, professores e alunos, certamente, é importante para que candidatos a cursos de graduação, mestrado e doutorado a tenham como opção”, avalia Rubiana.
Também em 2020, a Unicentro implementou algumas mudanças na organização dos financiamentos para as pesquisas desenvolvidas na universidade. Com os seguidos cortes de investimentos que vinham da iniciativa pública, a universidade precisou buscar novas formas de captação de recursos, como discorre o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da instituição. “Os recursos carimbados para pós-graduação, aqueles que são cotas de bolsas e aqueles recursos do Proap, que é o apoio da Capes à pós-graduação, vem sendo reduzidos a cada ano. Mas, ao mesmo tempo, temos editais de concorrência nacional em que a gente busca nos inserirmos para poder trazer recursos. Como são editais de concorrência, os nossos projetos apresentados são avaliados com bastante rigor, como todo o grupo, e se a gente consegue ter a aprovação desses projetos, a gente imagina que os projetos são de qualidade, tanto quanto o impacto científico e tecnológico que eles apresentam, quanto as parcerias que estão sendo firmadas”, explica o professor Marcos.
Um dos editais em que a Unicentro foi contemplada foi uma chamada do CNPq, que é o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, para o Programa de Mestrado e Doutorado Acadêmico para Inovação. A proposta é que as pesquisas sejam desenvolvidas junto a empresas de áreas diversas. Além de disponibilizar bolsas para mestrandos e doutorandos, o financiamento prevê também o auxílio financeiro de algumas iniciações tecnológicas para alunos de graduação. Segundo o professor de Engenharia Florestal Evandro Tambarussi, que é um dos orientadores do Programa de Mestrado e Doutorado Acadêmico para Inovação, a interação proposta pelo Programa busca desenvolver pesquisas mais direcionadas, que trabalhem com demandas e soluções de problemas pontuais das empresas.
“A empresa”, salienta o docente, “tem uma demanda e os especialistas estão vendo que as universidades, os professores têm um certo nível de conhecimento nisso. Eles procuram os pesquisadores que mais se encaixariam no tema e a gente se reúne algumas vezes para ver se cumprimos os requisitos. A empresa se responsabiliza em dar uma contra partida financeira e a universidade vai dar a contrapartida acadêmica com o desenvolvimento do projeto, o pensamento sobre o que fazer, as estratégias – coisas que dentro da empresa não conseguem fazer ainda ou precisam manejar uma forma melhor de fazer isso”.
Outra conquista recente da Unicentro na busca por recursos alternativos para a pós-graduação foi o Projeto de Apoio à Formação de Doutores em Áreas Estratégicas. De acordo com a professora Rubiana Mainardes, que é uma das orientadoras do projeto, esse apoio à formação de doutorandos inclui a parceria com outras instituições de ensino superior tanto para troca de conhecimentos, quanto para o compartilhamento da infraestrutura de laboratórios para uso dos estudantes participantes. “A logística de desenvolvimento desses projetos é realizada de forma que, durante o período de 48 meses, os alunos devem permanecer, no mínimo,12 meses na IES parceira para a execução de etapas experimentais. A IES parceira, em contrapartida, ganha bolsistas técnicos para auxiliarem os doutorandos durante seu período de permanência. Ainda, há o envolvimento dos pesquisadores de ambas asIES no sentido de orientarem os bolsistas, planejarem a execução dos experimentos, bem como a realização conjunta de seminários, palestras oueventos científicos a fim de demonstrar os resultados das ações conjuntas”, detalha a pesquisadora.
Uma das bolsistas do Projeto de Apoio à Formação de Doutores em Áreas Estratégicas é a farmacêutica Margani Taise Fin, que está cursando o Doutorado em Ciências Farmacêuticas da Unicentro. Sua pesquisa tem como intuito desenvolver uma plataforma nanotecnológica para melhorar requisitos farmacológicos do antifúngico voriconazol, aprimorando sua eficácia, reduzindo seus efeitos adversos e facilitando a sua administração para os pacientes. Margani vai realizar seu projeto em parceria com a Universidade Estadual Paulista, a Unesp, e está confiante que a união será muito útil para solucionar os problemas relacionados ao uso do medicamento estudado por ela.“Projetos de interação entre universidades são um diferencial, hoje em dia, tanto para a universidade que está promovendo, quanto sua parceira e para o aluno que está participando, porque ela cria uma rede de network que é fundamental para esse aluno que participa desse tipo de projeto. Permite ao aluno tanto compartilhar conhecimento, como adquirir novos conhecimentos, novas tecnologias que, muitas vezes, a gente não tem aqui, mas que a nossa universidade parceira tem e a gente consegue trazer para o nosso ambiente de trabalho”.
Todas essas conquistas da pós-graduação da Unicentro em 2020 refletem, na opinião do pró-reitor Marcos, a qualidade dos docentes e discentes pesquisadores da universidade. “Isso mostra que a gente está alinhado com essa demanda e tem a capacidade de fazer projetos de qualidade tanto científica, tecnológica e de inovação, quanto também a atender as expectativas desses nossos parceiros. A gente mostra que temos capacidade e competência, e essa competência vem dos pesquisadores que apresentam suas propostas”, finaliza.