Comitiva do Parque de Tecnológico de Itaipu visita a Unicentro e o município de Guarapuava
Conhecer a cidade de Guarapuava e o que ela oferece em termos de tecnologia. Esse foi o objetivo principal da visita técnica de uma comitiva formada por integrantes do Parque Tecnológico de Itaipu. Um dos lugares visitados pelo grupo foi o Centro de Ciências Moleculares e Nanotecnologia da Unicentro. “Nós temos muito a oferecer nessa possível parceria com o Parque Tecnológico de Itaipu. Nossas linhas de pesquisas são muito alinhadas com o que eles fazem lá. Então, já temos essa proximidade com o PTI na ciência, mas essa parte da pesquisa é muito importante para mostrarmos o que temos de equipamentos aqui na Instituição, as linhas de pesquisas, os materiais que desenvolvemos e vincular os programas de pós-graduação”, avalia o diretor do Campus Cedeteg, professor Ricardo Miyahara.
Segundo o diretor técnico do PTI, Rafael José Deitos, a visita foi gratificante na medida em que possibilitou que fosse conhecida a força que a Unicentro tem na pesquisa, voltada para o campo acadêmico, e também os serviços que são ofertados para a comunidade externa. “Gostei muito do que eu vi, achei muito interessante. O pessoal aqui de Guarapuava tem conseguido fazer bem essa relação da parte privada com a Universidade, que é a expectativa que se tem com o governo, que também é a que temos no Parque Tecnológico. Vejo que os modelos que vocês utilizam aqui são bastante interessantes e é uma coisa disruptiva no cenário de universidades, que sai do modelo tradicional para um modelo diferenciado, de multiusuário nos equipamentos, para os serviços que são prestados, com viés não só interno, mas também com o viés de atender as demandas da comunidade”.
Opinião compartilhada pelo diretor superintendente do PTI, general Eduardo Garrido. Ele enfatiza a importância de estar trabalhando em conjunto com a universidade para explorar ainda mais a área da nanotecnologia. “A estrutura da Unicentro é uma estrutura bem completa. Tivemos a oportunidade de visitar alguns dos laboratórios, particularmente aqueles ligados a área de nanotecnologia que é uma área muito promissora, tanto a nível de inovação quanto a de negócios. Então, nós entendemos que é uma grande área com potencial para que o Parque Tecnológico de Itaipu possa desenvolver parcerias envolvendo a Unicentro em convênios que ela já tem em andamento”, afirma.
A comitiva também conheceu toda a estrutura do Instituto de Pesquisa para o Câncer. “O Parque Tecnológico de Itaipu, sem dúvida nenhuma, é uma das referências em inovação e investimento. Essa parceria, essa proximidade, pode ser um momento interessante para alavancar os nossos projetos. Como o Ipec pode trabalhar qualquer abordagem genômica, então os diferentes interesses que Itaipu pode ter e devolver, porque é um investimento público, o Ipec tem essa estrutura que pode oferecer. Itaipu tem essa característica de inovação e isso é uma marca que orgulha o Brasil”, conta o diretor do Ipec e coordenador do curso de Medicina da Unicentro, David Figueiredo.
O contato entre Guarapuava e Itaipu já vem sendo feito desde o começo do ano. A Prefeitura de Guarapuava, juntamente com a Unicentro e outras instituições que fazem parte do Cilla Tech Park, visitaram as instalações do Parque Tecnológico em Foz do Iguaçu e buscaram firmar um acordo entre as instituições. “A ideia, basicamente, é pela vocação que as duas instituições têm de contribuir nos seus ambientes. O PTI em um ambiente mais da Usina de Itaipu, dos desafios que eles têm por lá, e nós dentro do desafio de Guarapuava, uma cidade que crie um sistema sólido e propício para a inovação. No momento em que as duas instituições têm esse viés público, sem fins lucrativos, que seja para contribuir com o ambiente local, é quase que uma sinergia, um parceiro natural”, relata o prefeito de Guarapuava, Cesar Silvestri.
Além da Unicentro, outras Instituições de ensino superior de Guarapuava se beneficiariam da parceria entre a cidade e o Parque Tecnológico. Para o vice-reitor da Unicentro, professor Ademir Fanfa Ribas, compartilhamento é a palavra chave para o avanço. “Todas as universidades precisam estar com as portas abertas para a sociedade, para toda a comunidade. Hoje precisamos viver no espírito de compartilhar – compartilhar pesquisas, estudos, informações. E nada melhor do que termos uma troca de experiência com outros pesquisadores, com outros parques tecnológicos. Isso gera um avanço tanto para nossa como para outras instituições”, conjectura Ademir.
A expectativa é que,ainda neste ano, segundo Eduardo Garrido, um termo de compromisso seja celebrado entre Guarapuava e Itaipu. “Nós temos muitos pontos em comum, muitos de interesse mútuo. É muito mais uma questão de irmos identificando o que nós podemos oferecer, o que está alinhado com os interesses da cidade, do Cilla Tech Park. Eu acho que, havendo boa vontade da parte do PTI, que existe essa boa vontade, nós chegaremos a um bom termo. Então, essa parceria, em algum momento mais a frente, vai se concretizar”.