“Formação de professores de língua adicional” começa nessa quarta
Com objetivo de constituir um espaço de discussão e reflexão do contexto pedagógico escolar, contribuindo para a integração da universidade com a comunidade escolar, o Departamento de Letras do Campus Irati da Unicentro vai promover o evento “Formação de professores de língua adicional: o cotidiano escolar e a pandemia”. A coordenadora do evento, professora Marcela de Freitas Ribeiro Lopes, comenta que as discussões desse projeto servem tanto para dar suporte aos estudantes em fase de estágio na universidade, quanto para apoiar as equipes das escolas nas questões do ensino remoto emergencial, adotado em função do isolamento social devido à pandemia.
“Buscamos, com esse projeto, dar suporte às disciplinas de práticas de ensino de estágio, principalmente às disciplinas de práticas dos cursos de Letras Espanhol e Letras Inglês, proporcionando espaço para discussão sobre o cotidiano escolar, por meio de palestras com professores, gestores e pesquisadores. No cenário de pandemia que nos encontramos, a ida às escolas não é uma possibilidade para os estagiários dos cursos de licenciatura. No estado do Paraná, todo o processo educacional, tanto da educação básica, quanto superior, está acontecendo de maneira remota. Embora seja uma situação emergencial, é o contexto em que nos encontramos e o ensino-aprendizagem, a prática e a formação estão acontecendo”, detalha Marcela.
A programação do evento Formação de Professores de Língua Adicional conta com quatro palestras realizadas de forma remota, voltadas para quem trabalha com educação – tanto docentes e estudantes da universidade, quanto professores, diretores e pedagogos das escolas de ensino básico, com vistas a proporcionar formação complementar e continuada desses profissionais. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas através do siteevento.unicentro.br/site/professoresdelinguas/2020.
A primeira palestra será realizada no dia sete de outubro, às 19h30, e será ministrada pelo coordenador da Comissão de Ensino do Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Hugo Jesús Retamar, que vai falar sobre a reconfiguração das atividades pedagógicas visando o aumento da participação dos estudantes durante as aulas. De acordo com Hugo, a forma de interação mais frequente na sala de aula parte de uma pergunta feita pelo professor ao aluno, seguida de uma resposta que é usada como base para avaliação, o que, em sua interpretação, é um modelo não muito eficaz para a aprendizagem.
“Apesar de ser a forma de interação mais frequente na sala de aula, hoje há muitos estudos que constatam que essa sequência, muitas vezes, pode, ao invés de promover a participação do aluno, acaba por inibi-lo. Ainda mais: há pesquisadores que constataram que a medida que o aluno se torna mais escolarizado, a sua participação em sala de aula, ao invés de aumentar, diminui. Neste sentido, a minha fala busca destacar, com base nos estudos de interação, e na minha prática de professor de língua espanhola no Ensino Médio, outras atitudes que o professor, ao invés de inibir, possa promover a participação dos estudantes e incentivar a colaboração e a aprendizagem conjunta em sala de aula”, reflete o primeiro palestrante convidado.
A segunda palestra de Formação de Professores de Língua Adicional está marcada para o dia 14 de outubro, com a diretora do Colégio Xavier da Silveira, Maria Amélia Ingles, que vai falar sobre gestão escolar e os desafios pós-pandemia. No dia 21 de outubro, a webconferência intitulada “A gestão do Ensino Fundamental e o cotidiano escolar do Celem”, será conduzida por Elisangela Tibes Michalczuk, que é diretora do Colégio Estadual Professor Dario Veloso, e por Priscila Inácio Chornobay, professora de língua espanhola do Centro de Línguas Estrangeiras Modernas. Encerrando a programação, no dia 29 de outubro, o debate abordará os projetos de aprendizagem enquanto organizadores da construção de conhecimento no ensino de línguas, com a participação da professora de língua portuguesa do Instituto Federal do Rio Grande do Sul, Andréia Kanitz e da professora de língua inglesa do Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Ingrid Frank.