Unicentro se prepara para iniciar acompanhamento de pacientes covid-19 pós alta hospitalar
O Hospital São Vicente é referência para os pacientes de covid-19 de Guarapuava e dos outros 19 municípios que integram a 5. Regional de Saúde. Hoje, ele tem nove leitos de UTI e outros cinco de enfermaria ocupados por pessoas em tratamento do coronavírus. Doentes que, após a alta hospitalar, passarão a ser acompanhados pelos profissionais da Clínica Escola de Fisioterapia da Unicentro (Cefisio). Isso porque a universidade vai dar início nos próximos dias a um programa de reabilitação pulmonar desses indivíduos. A iniciativa, como explica a professora Christiane Riedi Daniel, diretora da Cefio, é uma parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Guarapuava, com a 5. Regional de Saúde, com financiamento da Seti (Superintendência de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná)
“Nós seremos a referência para a reabilitação dos pacientes covid”, conta. “Quem irá atender esses pacientes serão os professores-plantonistas, alguns dos professores, os que têm know how. Então, eles vão fazer os atendimentos desses pacientes e, como a ideia é fazer o acompanhamento pós-reabilitação, eles ficarão conosco entre seis e oito semanas. Depois, a gente vai acompanhá-los eletronicamente. Aí, esse tele-acompanhamento será feito por alguns alunos do curso”.
Para a realização desses atendimentos, a Unicentro está adquirindo para a Clínica Escola de Fisioterapia espirômetros e treinadores musculares respiratórios. Esses equipamentos, segundo a professora Christiane, serão utilizados na avaliação e no tratamento dos pacientes. “A Seti, através de um projeto, nos disponibilizou esse financiamento. Isso tem nos ajudado bastante porque assim a gente consegue seguir as recomendações internacionais para reabilitação deste perfil de pacientes, que estiveram internados e que têm esse tipo de disfuncão”.
A proposta do projeto é que quando o paciente covid-19 recebe alta do hospital, ele já receba um encaminhamento para o acompanhamento na Clínica Escola de Fisioterapia. “A nossa ideia é que a gente faça uma avaliação – uma avaliação bem completa – da condição pulmonar, da condição músculo-esquelética, da capacidade funcional dos pacientes que foram acometidos pelo covid, mas com a manifestação mais grave da doença, que necessitaram de internação”. Como, em média, os pacientes de covid-19 permanecem internados por três semanas, eles apresentam, ao final desse período, uma série de complicações, como a perda da massa muscular. “Então”, defende Christiane, “é super importante a reabilitação no pós-alta”.