Em período de isolamento, atendimentos do Laboratório de Feridas são domiciliares

Em período de isolamento, atendimentos do Laboratório de Feridas são domiciliares

A Clínica de Feridas da Unicentro atende 44 pacientes. Se somados os que são acompanhados pelo Ambulatório de Feridas de Guarapuava, que divide o mesmo espaço de funcionamento na Clínica de Órtese e Prótese, no campus Cedeteg da Unicentro, esse número sobe para 66. Pacientes que, mesmo em situação de isolamento social e precauções com o contágio do covid-19, não podem interromper o tratamento. Isso porque, de acordo com o professor Lucas de Oliveira Araujo, do Departamento de Enfermagem, que também atua no projeto de Feridas, esses ferimentos não são agudos, e sim crônicos. Isso quer dizer que eles não cicatrizaram no período esperado.

“Nós temos pacientes que têm a ferida há dez anos e estão em tratamento com a gente aqui na tentativa de otimizar o processo de cicatrização. Não são feridas simples. Nós temos pacientes aqui que têm mais de uma ferida. Nós temos um paciente que tem sete feridas. São casos complexos, pacientes complexos, que têm outras comorbidades que agravam ainda mais o caso. É de extrema necessidade que se mantenha o acompanhamento no tratamento desses pacientes para evitar que os avanços que nós tivermos acabem regredindo”, explica Lucas.

Tratamento de feridas crônicas seria prejudicado com a interrupção (Foto: arquivo pessoal)

Assim, com a suspensão das atividades presenciais na Unicentro, os professores do Departamento de Enfermagem perceberam a necessidade de manter esse atendimento, ou seja, a troca periódicas dos curativos. Desse modo, detalha Lucas, em reunião, os professores envolvidos com o projeto decidiram por estudar caso a caso e estabelecer três diferentes estratégias. Uma delas, conta Lucas, é o atendimento domiciliar, com os professores e duas técnicas de enfermagem indo até a casa dos paciemtes. “Considerando a gravidade dos casos e a complexidade dos tratamentos instituídos para esses pacientes, eles não podem ficar sem o tratamento. E, por isso, a gente decidiu por manter e estabelecer essa estratégia de visitação domiciliar para evitar que esses pacientes se exponham a risco. Já tem a saúde fragilizada por vários motivos, então é uma maneira que a gente encontrou de operacionalizar isso daí para evitar que eles se desloquem, para evitar que se aglomerem aqui”.

Dos 66 pacientes, 47 estão recebendo, durante o período de isolamento social, atendimento domiciliar nos municípios de Guarapuava, incluindo o distrito de Entre Rios, Boa Ventura do São Roque, Candói, Cantagalo e Turvo. Outros 11 pacientes, que não dependem de transporte público, seguem fazendo os curativos na Clínica e oito receberam receberam orientações e materiais e estão fazendo os próprios curativos.

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