Unicentro integra Mutirão TEC do Bem e imprime máscaras 3D para profissionais da saúde
O Ecossistema de Inovação de Guarapuava, que reune o Celeiro de Inovação, o Cilla Tech Park, a Prefeitura, a Unicentro, a Acig, a Faculdade Campo Real, a Faculdade Guairacá, a Faculdade Guarapuava, o Fórum CT&I e a UTFPR, deu início nessa terça-feira, 24, ao Mutirão TEC do Bem. Inspirado em ações mundiais, os parceiros estão trabalhando na impressão 3D de máscaras de proteção para profissionais da saúde.
Inicialmente, conta o professor Ricardo Myahara, do Departamento de Física e diretor do campus Cedeteg, e que está a frente desse trabalho na Unicentro, o primeiro passo foi levantar quantas impressoras poderiam ser utilizadas, em Guarapuava, nesse trabalho de impressão das máscaras e, assim, chegar a capacidade de produção diária. “Nesse grupo, por exemplo, foi passado o arquivo para ser um único tipo de impressão para todos os participantes. Então, todos estão produzindo o mesmo material, com as mesmas especificações”.
No total, segundo o diretor do Celeiro de Inovação de Guarapuava, Andy Troc, são 30 as impressoras trabalhando na impressão das máscaras. Dessas, cinco pertencem a diferentes setores da universidade, que colocaram seus equipamentos a disposição do projeto, como o Núcleo de Educação a Distância, o Laboratório de Neurociência e Comportamento e o Departamento de Computação, além da impressora particular do professor Valdirlei Fernandes Freitas, do Departamento de Física. Em um dia, a Unicentro produziu 10 máscaras. Cada uma delas demora, em média, quatro horas para ser impressa. “Essas impressões são suportes para máscaras que são utilizadas nas ações do coronavírus. Esse suporte, então, é feito de polímero, que as impressoras utilizam como matéria-prima”, explica Ricardo.
As máscaras que estão sendo produzidas seguem um mesmo padrão e, de acordo com Andy Troc, são chamadas de faces shields ou, em português, escudo para face. “Ela é utilizada pelos profissionais de saúde e ela serve para ser utilizada em conjunto com a máscara M95. O que que ela faz? Como ela tem uma proteção de acetato, que é uma espécie de acrílico transparente que vai na frente, ela auxilia, ela faz a máscara ter uma durabilidade um pouco maior e ela protege ainda mais o profissional de saúde de possíveis gotículas que podem atingir ele no momento que ele está fazendo o atendimento”.
Além de protegerem o rosto todo do profissional de saúde, as face shields tem outra vantagem, que é a possibilidade de serem esterelizadas com álcool 70%. O primeiro lote de máscaras vai ser entregue nas unidades de saúde nessa quinta-feira, 26. Depois, os repasses serão diários. “Todo dia, seguindo todos os padrões de segurança necessários, um carro da prefeitura ou da Unicentro passa fazendo o recolhimento dessas peças e leva até o fornecedor que aplica o acetato. Do fornecedor que aplica o acetato, vai ser feita a distribuição. Antes do profissional de saúde utilizar, ela chega no hospital e passa por mais uma esterelização até o uso final”, finaliza o diretor do Celeiro de Inovação.