Pelo segundo ano, Unicentro na Comunidade é realizado no Instituto João Paulo II
Uma roda de música foi uma das 22 oficinas programadas, neste ano, para integrar a ação Unicentro na Comunidade, que fez parte da Siepe, a Semana de Integração Ensino, Pesquisa e Extensão. Todas elas, como conta a diretora de Extensão da Unicentro, professora Paula Salndan, foram realizadas no Instituto de Ação Social João Paulo II, que é parceiro da Unicentro desde o ano passado. “Foi uma atividade que ano passado nós trouxemos nessa mesma instituição, que é o Instituto de Ação Social João Paulo Segundo, que foi muito bem aceita pela comunidade, pela comunidade acadêmica também. Esse ano, a gente repetiu a mesma atividade dentro da programação dado o sucesso e a acolhida do Instituto, das escolas e do CMEI que participam também e que são vinculados ao Instituto”.
As atividades realizada no Instituto são ligadas aos projetos de extensão desenvolvidos por professores e estudantes da Unicentro. A ideia, além da troca de conhecimento e de experiências, foi estimular a criatividade dos participantes. Acadêmica Juliana Matoso, por exemplo, ofertou a oficina “Reciclando lembranças”. “O título da atividade que eu proporcionei hoje, aqui no Instituto, se chama reciclando lembranças. Então, pensando no papelão e no jornal que normalmente a gente joga fora, eu utilizei o método de reciclagem com eles, elaborando com eles um porta retrato para eles poderem colocar uma foto de lembrança deles, da mãe, do pai, da família, enfim, uma lembrança que eles têm para guardar”.
Para a Yasmin Juliana, que frequenta o Instituto e participou da oficina, a produção do porta retrato foi fácil. Difícil foi só a escolha das cores para decorar. Ela conta que gostou de ter participado da atividade. “Foi fácil só que a coisa mais difícil foi escolher a cor. Eu me inspirei no mar, né? Foi bem dinâmico, na verdade, e bem legal. Eu gostei”, avalia.
As oficinas, segundo a professora Paula, foram conduzidas por acadêmicos da Unicentro que fazem parte dos projetos de extensão da universidade. Por isso, as atividades foram bem diversificadas. “Nós temos o curso de Arte, o curso de Nutrição. Então, são vários cursos, a Agronomia, a Veterinária. São oficinas, assim, bem diversas que vão abranger também não só as crianças e adolescentes, mas também as famílias desses que são atendidos aqui pelo Instituto”.
E se a ideia era fazer com que as atividades tenham reflexos positivos também nas famílias das crianças atendidas pelo Instituto, o objetivo foi alcançado. É que na oficina da Horta Comunitária, por exemplo, os pequenos como a Angelina da Silva aprenderam lições importantes sobre o cuidado com a terra e com as plantas. “A gente plantou salsinha e cebolinha. A gente conheceu vários tipos de insetos. A gente conheceu químico e o adubo que é feito em casa, e que a gente tem que regar as plantas ou de tarde ou bem de manhã cedo. – Por que? – Por causa que senão, se a gente for regar meio-dia, a água vai estar muito quente e, daí, ela vai evaporar e pode queimar a planta”, conta a menina.
Além de cuidar da horta, os estudantes também conheceram insetos e falaram sobre a importância de ter uma alimentação saudável. Todas essas informações foram repassadas por acadêmicos extensionistas do curso de Agronomia, como o Lucas Morgado. “A gente teve como objetivo fazer as crianças aprenderem como plantar, como cuidar das plantas; conhecer alguns insetos que a gente trouxe do Laboratório de Entomologia; e também a importância de consumir fruta, verdura, evitar desperdício; e também como economizar produzindo adubo orgânico; e também outras práticas para eles conduzirem uma horta na própria casa”, diz Lucas. Além da prática na terra, os pequenos também levaram pra casa instruções sobre como cuidar de uma horta. “É um pequeno manual de como conduzir uma hora em casa para eles lerem e levarem para os pais, ajudarem eles, para quem tiver disponibilidade, fazer uma hora em casa”.
A principal função da extensão universitária é promover o contato entre a universidade e as comunidades em que ela está inserida e, nessa troca de conhecimento e de experiências, todos saem beneficiados. Ações como o Unicentro na Comunidade. “Nós estamos bem felizes com esse novo momento, aqui no Instituto, da Unicentro, por que a importância qual que é? Para Unicentro é conhecer a realidade dos bairros, a realidade de Guarapuava. Para nós, a importância é que os nossos educandos, aquelas pessoas que frequentam o Instituto possam também ter conhecimento e contato com outras realidades, outras pessoas. Eu vejo com uma integração tanto do Instituto com a universidade e a universidade com a comunidade”, avalia a diretora do Instituto João Paulo II, irmã Lucia Tironi.
Para a diretora de Extensão da universidade, Paula Chuproski Saldan, “o papel da extensão é exatamente isso, essa inserção social, essa devolutiva para sociedade e aqui a gente tem uma integração não só com a comunidade, mas entre a própria comunidade acadêmica que, às vezes, desconhece os projetos de outros setores da Universidade. Então, aqui a gente se integra e com a comunidade e com os outros acadêmicos, docentes e agentes universitários”.