Semana de Estudos no campus Irati descomplica o ensino da Matemática
A Matemática é uma das ciências mais antigas da humanidade. Desde a Grécia Antiga, estudiosos utilizam-se dos métodos numéricos para interpretar e solucionar problemas. Mesmo sendo um tradicional campo do conhecimento, é importante que quem estuda o assunto, esteja sempre renovando as formas de aplicar os conteúdos desta disciplina. Essa questão foi salientada pelo professor da Unicentro Clodogil Ribeiro dos Santos, que coordenou a 12. Semati, que é a Semana de Estudos da Matemática, realizada no campus Irati.
“Na Semana de Estudos, a gente tenta dar uma oxigenada nessas ideias para a Matemática e, na medida do possível, a gente tenta trazer temas mais avançados ou, então, formas de trabalhar temas já conhecidos, mas formas alternativas. É um modo de atrair a atenção deles e de fazer com que eles tenham esse olhar diferente para coisas que eles fazem rotineiramente, mas de uma outra abordagem, uma abordagem mais dinamizada ou diferente daquela grade de aulas normal que eles tem por aqui”, explica Clodogil.
A Semati procurou desmitificar a ideia de que a Matemática é complicada. Uma das atividades do evento foi o minicurso “Funções e geometria plana e espacial com Geogebra”, ministrado pelo professor do Instituto Federal do Paraná Rodrigo Duda. Ele deu instruções de como utilizar o Geogebra como ferramenta para lecionar Matemática e até mesmo outras disciplinas a alunos do Ensino Médio. “O Geogebra é um software que, como o próprio nome já diz, alia a geometria com álgebra. O que ele tem levado para a sala de aula é dinamismo, mas principalmente experimentação. É uma ferramenta que permite que o aluno experimente matematicamente algo abstrato, de forma similar ao que eles fazem em aulas de Biologia e Química”.
E a variedade temática das oficinas foi um dos aspectos da Semati que mais chamou a atenção dos participantes. Teve oficina de Cubo Mágico, de Geometria Funcional para Construção de Violinos, de Xadrez, entre outras. De acordo com o organizador do evento, professor Clodogil, essa variada programação partiu de indicações dos próprios alunos do curso de Licenciatura em Matemática. “Eu fiz uma consulta aos alunos e eu pedi sugestões para eles, pedi para eles que dessem alguns pareceres do que eles gostariam de ver numa Semana de Estudos”, diz.
A estudante do quarto ano de Matemática Suelin Jaras ministrou uma Oficina de Origami. “Eu ensinei a fazer o origami da tabuada. Monta as peças e aí coloca a tabuada em cima e quando você puxa a parte aparece embaixo o resultado”. E neste processo dialógico que é o ensino-aprendizagem, além de compartilhar metodologias pedagógicas, a Suelin também participou como ouvinte das outras atividades da Semana de Estudos e comentou que ela foi muito construtiva para a sua formação, sobretudo a oficina de práticas de ensino. “Tinha muitas coisas que eu não sabia como ensinar alunos e ela passou uma forma de ensinar que vai ser bem legal para eu usar futuramente”.