Primeira noite classificatória do Festival Unicentro da Canção traz vários estilos musicais
O Fuca, Festival Unicentro da Canção, evento cultural mais esperado da Unicentro, começou na noite desta quarta-feira. Com clima agradável e música boa, não foi difícil manter o que já é tradição no Festival: a casa cheia. Nessa nona edição, muita gente compareceu ao Auditório Francisco Contini para prestigiar os participantes. Na primeira noite classificatória, 19 dos 40 candidatos se apresentaram, buscando garantir uma vaga para a final, na sexta-feira.
Os primeiros a subirem ao palco foram os integrantes da banda Steel Doctors, que interpretaram a canção Back to Black, de Amy Winehouse. Veterana de Fuca, a banda participa do Festival pela oitava vez. Mesmo assim, isso não foi motivo para que o nervosismo não aparecesse. “Para ser bem sincera, eu não gosto de ser a primeira. Nós gostamos sempre de já estar na metade. Mas enfim, também já foi, né?! A ansiedade é bem grande”, conta Luciana Klanovicz, vocalista da banda.
Estreante no Festival, a banda Virgulinus trouxe para a primeira noite de apresentações o ritmo envolvente do forró. Erivelson Ortiz explica que o grupo se uniu há cinco meses e viu no Fuca uma oportunidade, tendo em vista a importância do Festival para a comunidade de Guarapuava. “Decidimos participar por conta da visibilidade. Não estamos tanto com o intuito de ganhar, porque tem muita gente boa. Mas por sermos uma banda recente, queremos nos mostrar para o público”.
O nível do Festival está cada vez mais alto e, para avaliar os candidatos, quatro jurados acompanham e dão notas a todas as apresentações. Na categoria Interpretação, os principais critérios avaliados são a performance e a percepção rítmica do candidato. Já na categoria Composição, o que os jurados mais prezam é pela letra da música. “A qualidade, a performance, principalmente, e presença de palco contam muito para o cantor e para a banda. Na composição é a qualidade das letras. Estou bem animada e esperando coisas boas, pois fiquei sabendo que está bem concorrido”, conta a professora de técnica vocal e jurada, Carol Geraldis.
Essa edição do Festival contou com a participação da Banda Sentindo o Som, que é composta por três integrantes da Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Visuais (Apadevi). A ideia de participar do Fuca foi do professor Lucas Almeida, que reuniu alguns alunos da Associação. Um deles foi Luan Arruda Fadel. Com o grupo, ele apresentou uma composição que falava sobre relacionamentos a distância. “É uma música para pessoas que passam por namoros na web. Mesmo sendo difícil, é aquilo que dizem, quando o amor é real, ele sempre resiste”.
Se no palco a disputa estava acirrada, na plateia o que imperava era o clima de diversão. E tinha todo tipo de espectador. Teve gente que trouxe buzinas, cartazes e até balões para torcer por seus preferidos. O William Henrique chegou cedo para torcer para a Vitória da Silva Nerí, que participou na categoria Interpretação. “O nível desse ano está mais alto do que nos outros. Eu estou gostando bastante, mas já vim com a certeza de torcer para a Vitória, que é minha amiga”.
Thiago Mateus Medeiros chegou ao Festival apenas com a intenção de curtir uma boa música. Mas bastou acompanhar algumas apresentações para que ele escolhesse um candidato para torcer. “Eu gostei muito da composição da Keissy Guariento. Ela tem um pouco de blues que eu gosto bastante. Por isso, estou torcendo para ela”.
Quando os concorrentes começaram a se apresentar, a estudante do curso de Letras Inglês Isabely Paluski ainda estava fazendo prova. Mas para acompanhar o Festival, ela terminou rapidinho e correu para o Auditório Francisco Contini. “Eu acho o Festival muito legal. Esse já é o segundo ano que eu venho assistir. Comparando com o ano passado, estou achando que o nível continua bom”.
Para o coordenador de Comunicação Social da Unicentro, Danny Jessé Nascimento, o Fuca já se consolidou como uma importante vitrine para os músicos não só de Guarapuava, mas de toda a região. “O Festival é muito importante enquanto movimento cultural para Guarapuava. Ele se transformou em um movimento que traz música e arte para toda a região”.
Na sexta-feira, a grande final contará com a participação de Roberto Kuster, cantor guarapuavano que participou do Festival em 2016. Enquanto os candidatos estiverem aguardando a apuração dos votos, ele se apresentará para a plateia. “Fiquei muito feliz com o convite, porque o Fuca foi o primeiro lugar em que eu pude apresentar a minha música autoral para um grande público. Voltar agora é algo que me deixa muito feliz”, explica.
Nessa quinta-feira, a partir das 19h, outros 20 candidatos irão participar da segunda noite de audições classificatórias. Para quem é de Guarapuava, fica o convite para assistir ao Festival Unicentro da Canção diretamente do Auditório Francisco Contini. Mas para quem não puder comparecer, o Festival será transmitido na íntegra e ao vivo, através do canal da Unicentro no YouTube.