Alunos da Unicentro participam da 1ª Bienal Científica Internacional da Unican
Quinze alunos da Unicentro participaram da 1ª Bienal Científica Internacional da Universidad Nacional de Canindeyú (Unican), em Salto del Guairá, Paraguai, que ocorreu nos dias 12 e 13 de setembro. O evento, que teve como tema “A ciência para um desenvolvimento sustentável”, reuniu pesquisadores paraguaios, argentinos e brasileiros de diversas áreas do conhecimento.
Ciência, sustentabilidade e inovação foram os temas centrais da conferência de abertura do evento, ministrada pela presidente da Sociedade Científica do Paraguai, Antonieta Rojas de Arias. Em sua fala, a pesquisadora abordou dois contextos importantes para a produção científica: a geração de conhecimento e a utilidade pública da ciência. “Você pode gerar conhecimento para incrementar um tema que está sendo desenvolvido. Mas há outras pesquisas que podem ter uma aplicação mais imediata, que podem gerar políticas públicas e contribuir para o bem-estar da população. É necessário pensar a inovação como um elemento para desenvolver o país, a pesquisa e a inovação são complementares”, explica Antonieta.
Mais de 140 trabalhos foram apresentados, nas modalidades pôster e oral, durante a 1ª Bienal Científica. Para o vice-reitor e organizador do encontro, Arnaldo Martínez Mercado, o número de trabalhos superou as expectativas. “Tivemos uma resposta impressionante. Estamos surpreendidos e agradecidos, especialmente às universidades brasileiras que nos deram um grande apoio, o que para a Unican é um estímulo muito grande”, afirma. O reitor Mariano Adolfo Pacher Morel também destacou o engajamento das universidades participantes da Bienal. “Eu considero que a internacionalização está como uma das funções essenciais da Unican. A presença de vocês é muito importante e fortalece o trabalho que pretendemos seguir”.
Bruna Durat, aluna de Biologia da Unicentro, apresentou sua pesquisa de Iniciação Científica sobre o efeito da losartana potássica – que é um anti-hipertensivo – no desenvolvimento de uma planta aquática conhecida como azolla. “Existe uma tendência dos medicamentos, não só dos anti-hipertensivos, em não serem metabolizados totalmente pelo corpo e com isso acabam indo para as águas superficiais, e também o sistema de tratamento de esgoto não consegue remover esses medicamentos. Eles se tornam contaminantes e têm esse potencial de causar danos as espécies”, explica a acadêmica. O trabalho foi apresentado nas duas modalidades, mas foi a apresentação oral que fez a acadêmica ganhar uma menção honrosa durante o evento. “Não esperava, fiquei até surpreendida na hora. Fiquei feliz de ter conseguido essa menção honrosa”.
O Diego de Paula também foi um dos alunos da Unicentro que recebeu menção honrosa. Ele foi premiado nas duas modalidades da Bienal. Seu trabalho sobre a resistência de linhagens experimentais de milho à Spodoptera frugiperda – principal praga do cultivo de milho, conhecida popularmente como lagarta-do-cartucho -, ganhou destaque na área agronômica. “Nosso objetivo foi analisar a biologia e a preferência alimentar das lagartas quando alimentadas com linhagens de milho do Programa de Genética e Melhoramento de Plantas da Unicentro”. O aluno também ressalta a importância do melhoramento genético para o controle de pragas e saúde do agricultor. “A resistência genética da planta é um dos métodos mais eficientes e também econômicos no manejo de pragas. Além de propiciar menores de riscos de contaminação ao meio ambiente e também ao homem”, conta Diego. Além de Bruna e Diego, outros dois trabalhos da Unicentro foram premiados.