Faz de conta… Exposição traz brinquedos e brincadeiras de antigamente
Pense em um número. Essa é a quantidade de vezes que você vai abrir e fechar o come-come. Um brinquedinho feito de papel. Para continuar a brincadeira, você precisa escolher uma cor. Aí, ele tem um recadinho pra você. O come-come é um dos tantos brinquedos presentes na exposição Faz de conta…, integrante do Encontro de Arte Folclórica 2019.
Os brinquedos, mesmo de sendo de outras época, despertaram a curiosidade das crianças. Bolinha de gude, pega vareta, peão. Brinquedos de madeira e brincadeiras antigas que animaram o Gabriel Pazini e o Davi Lucas Estorino. “Tem muito brinquedo legal”, comemora o primeiro. “Tem bastante brinquedo para as crianças brincarem”, completa o segundo.
As crianças da Escola Aquarela se divertiram com o que para elas era novidade. Aprofessora Maria Eduarda aAzevedo comemorou a receptividade das crianças aos brinquedos que, para eles, eram novidade. “Essa é a parte melhor né?! Ali tem um amiguinho que disse: ‘ah meu pai tem casa’, mas ele nunca brincou porque hoje é mais tecnologia. E o brincar deles, hoje em dia, é só computador, celular. A brincadeira amarelinha não tem mais, carrinho de rolimã”.
Opinião partilhada pela agente universitária Andressa Rodrigues, organizadora da exposição. “Para elas terem contato com o modo como os pais brincavam, como os avós brincavam. E no caso dos adultos é interessante para a gente lembrar como que eram essas brincadeiras, no momento em que a gente está sempre com os jogos digitais. Então, acho que essa exposição faz esse trabalho”, avalia.
Aexposição trouxe, através de brinquedos, memórias. Esse é o caso da Mônica Nunes. A funcionária da Unicentro guarda as bonecas que ganhou na infância com muito carinho. “Eu lembro de quando eu ganhei cada uma delas. Eu tinha mais e acabou com o tempo estragando, mas que ficaram eu acho que dá umas 12, 13 bonecas. Então, eu conheço a história e lembro da história de cada uma, de quando eu ganhei”.
Mesmo com a tecnologia e os jogos digitais em alta, a exposição cumpriu seu dever. As crianças como o Davi Lucas Estorino lembraram da importância do brincar. “Porque tem que brincar, não ficar só no celular, senão dá dor na cabeça”.